Os mecanismos de poder tomaram de assalto a vida em suas várias dimensões, dos genes à produção onírica. Teóricos oriundos da autonomia operaista, impregnados de suas leituras de Espinosa, Foucault, Deleuze, ressignificaram esse contexto de expropriação fazendo ver seu avesso, a positividade ontológica que está na sua base. Assim, chegaram a formular a ideia de que ao biopoder se contrapõe a biopotência da Multidão Ao articular as noções de biopolítica, produção do comum, trabalho imaterial e singularidade, ofereceram uma nova inteligibilidade aos processos contemporâneos, bem como às formas de resistência que neles emergem, ali onde reversibilidades e reversões nas mais diversas escalas anunciam recomposições ainda incertas.
Power mechanisms stormed life in its various dimensions, from genes to dream production. Theoreticals deriving from workerism autonomy, impregnated by their Espinosa, Foucault, Deleuze readings, gave another meaning to this context of expropriation, by making one see its opposite, the ontological positivity inserted into its grounds. So, they came to formulate the idea that biopower opposes Multitude biopotency. By articulating the notions of biopolitics, common production, immaterial labor and singularity, they offered a new intelligibility to contemporary processes, as well as forms of resistance emerging in them, where reversibility and reversals, in several scales, announce uncertain recompositions.