RESUMO Objetivo Observar a correlação entre estratégias de enfrentamento, depressão, níveis de estresse e percepção de dor em pacientes com endometriose. Métodos Estudo prospectivo e exploratório, que incluiu 171 mulheres em tratamento por endometriose entre abril e agosto de 2014. Foram utilizadas as escalas: COPE Breve, Inventário de Depressão de Beck, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp e a Escala Visual Analógica. Os dados clínicos foram coletados do prontuário eletrônico. Resultados Pacientes com endometriose que utilizaram estratégias positivas de enfrentamento apresentaram melhor adaptação ao estresse (p<0,004) e menos depressão (p<0,004). A presença e a intensidade da depressão, do estresse e da dor pélvica estiveram diretamente associadas (p<0,05). A intensidade da dismenorreia foi associada com o grau de depressão (p<0,001), enquanto a intensidade da dor pélvica acíclica esteve associada com o grau de depressão (p<0,001), nível de estresse (p<0,001) e tipo de estresse (p<0,001). Conclusão Houve associação positiva entre coping, níveis de depressão, tipo e níveis de estresse e intensidade da dor nas pacientes com endometriose. A utilização de estratégias de coping desadaptativa focada na emoção está correlacionada com o aumento da depressão e do estresse.
ABSTRACT Objective To determine the correlations between coping strategies, depression, stress levels and pain perception in patients with endometriosis. Methods This prospective and exploratory study included 171 women undergoing treatment for endometriosis between April and August 2014. The questionnaires used were Brief COPE, Beck Depression Inventory, Lipp’s Stress Symptom Inventory for Adults and Visual Analogue Scale. Clinical data were collected from electronic medical records. Results Patients with endometriosis who used positive coping strategies had better adaptation to stress (p<0.004) and less depression (p<0.004). The presence and intensity of depression, stress and acyclic pelvic pain were directly associated (p<0.05). The intensity of dysmenorrhea was associated with the degree of depression (p<0.001), whereas acyclic pelvic pain was associated with the degree of depression (p<0.001), stress level (p<0.001) and stress type (p<0.001). Conclusion We found a positive association between coping, depression levels, type and levels of stress and pain intensity in patients with endometriosis. The use of maladaptive coping strategies focused on emotion is correlated with increase in depression and stress.