Introdução: A cirurgia endoscópica endonasal ganhou aceitação crescente por otorrinolaringologistas e neurocirurgiões. Em muitos centros, esta técnica é agora rotineiramente utilizada para as mesmas indicações que a técnica microcirúrgica convencional. Objetivo: Descrever resultados cirúrgicos relativos à remissão hormonal, ressecção do tumor e complicações de série consecutiva de pacientes com adenoma da hipófise submetidos à ressecção endoscópica. Método: Estudo de série de pacientes consecutivos com adenomas da hipófise, submetidos à cirurgia endoscópica endonasal, avaliados quanto à taxa de tumor residual, remissão funcional, sintomas, complicações e o tamanho do tumor. Resultados: De 47 pacientes consecutivos, 17 eram portadores de adenomas funcionantes, sete produtores de GH, cinco com doença de Cushing e cinco prolactinomas. Dos adenomas funcionantes, 12 foram macroadenomas, cinco microadenomas, e 30 macroadenomas não funcionantes. Dos adenomas funcionantes, 87% melhoraram. Em relação ao déficit visual, 85% melhoraram ao longo do tempo. A maioria dos pacientes que apresentou queixas de cefaléia melhorou (76%). Complicações cirúrgicas ocorreram em 10% dos pacientes, com duas lesões da carótida, duas fístulas liquóricas e uma fatalidade em um paciente com um histórico complicado. Conclusão: A cirurgia hipofisária endoscópica endonasal é uma técnica viável, rendendo bons resultados cirúrgicos e funcionais e baixa morbidade.
Introduction: Endoscopic endonasal transsphenoidal surgery has gained increasing acceptance by otolaryngologists and neurosurgeons. In many centers throughout the world, this technique is now routinely used for the same indications as conventional microsurgical technique for pituitary tumors. Objective: To present a surgical experience of consecutive endoscopic endonasal trans-sphenoidal resections of pituitary adenomas. Methods: In this study, consecutive patients with pituitary adenomas submitted to endoscopic endonasal pituitary surgery were evaluated regarding the rate of residual tumor, functional remission, symptoms relief, complications, and tumor size. Results: Forty-seven consecutive patients were evaluated; 17 had functioning adenomas, seven had GH producing tumors, five had Cushing's disease, and five had prolactinomas. Of the functioning adenomas, 12 were macroadenomas and five were microadenomas; 30 cases were non-functioning macroadenomas. Of the patients with functioning adenomas, 87% improved. 85% of the patients with visual deficits related to optic nerve compression progressed over time. Most of the patients with complaints of headaches improved (76%). Surgical complications occurred in 10% of patients, which included with two carotid lesions, two cerebrospinal fluid leaks, and one death of a patient with a previous history of complications. Conclusion: Endoscopic endonasal pituitary surgery is a feasible technique, yielding good surgical and functional outcomes, and low morbidity.