RESUMO: O presente artigo problematiza a dimensão ética ignorada pelos saberes sobre a deficiência e as epistemes utilizadas para designar no corpo em que a deficiência se inscreve um poder desmesurado, mesmo com as conquistas obtidas pelos movimentos políticos dos corpos com deficiência, nas últimas décadas, e a sua captura pelos atuais dispositivos de inclusão no ensino superior brasileiro. Recorreu-se, para tanto, ao método genealógico e à problemática ética do enunciado “indignidade de falar pelo outro”, propostos por Michel Foucault (1990), para situar, historicamente, em que momento os movimentos políticos das pessoas com deficiência assumem, de alguma forma, esse enunciado e quais os limites de seus efeitos de poder no ensino superior brasileiro. Objetivou-se, com isso, analisar criticamente as tensões internas de tais movimentos e os indícios do escape à norma médica e à normalidade social, com o intuito de problematizar os modelos de saberes que nestas se pautaram, assim como de assinalar os poderes emergentes de um “corpo comum”, como qualquer outro, em suas lutas por uma educação inclusiva e pela justiça social. Nesse sentido, argumenta-se pela formação de um “corpo comum” no ensino superior, constituído a partir dos encontros dos saberes e das diferenças e agenciado pelo exercício de uma alteridade radical e pela mobilização dos devires minoritários do “povo que falta”, como uma possibilidade de emergência de outro paradigma de inclusão. RESUMO desmesurado décadas brasileiro Recorreuse, Recorreuse Recorreu se, Recorreu-se tanto indignidade , outro” 1990, 1990 (1990) situar historicamente assumem forma Objetivouse, Objetivouse Objetivou Objetivou-se isso social pautaram comum, comum sentido argumentase argumenta povo falta, falta falta” 199 (1990 19 (199 1 (19 (1 (
ABSTRACT: This article problematizes the ethical dimension ignored by the knowledge on disability and the epistemes used to designate unmeasured power in the body in which it is imprinted, even with the achievements obtained by its political movements in recent decades and its capture by current devices of inclusion in Brazilian higher education. To this end, we resort to the genealogical method and the ethical problematic of the “indignity of speaking for others” enunciated by Michel Foucault to situate, historically, at what moment the political movements of people with disabilities assume this statement in some way and what are the limits of its effects of power in Brazilian higher education. We aim to critically analyze the internal tensions of such movements, the signs of evasion from the medical norm and social normality, intending to problematize the models of knowledge that were based on them, as well as highlighting the emerging powers of a common body like any other in their struggles for inclusive education and social justice. In this sense, we debate for the formation of a “common body” in higher education, constituted from the encounters of knowledge and differences, syndicating for the practice of radical alterity and the mobilization of the becoming -minority of the “people lacking” as a possibility of the emergence of another paradigm of inclusion. ABSTRACT imprinted end indignity others situate historically normality them justice sense differences minority lacking
RESUMEN: Este artículo problematiza la dimensión ética ignorada por los saberes sobre la discapacidad y las epistemes utilizadas para designar en el cuerpo en el que se inscribe un poder inconmensurable, aún con las conquistas obtenidas por sus movimientos políticos en las últimas décadas, y su captura por los dispositivos actuales de inclusión en la educación superior brasileña. Recurrimos ttanto al método genealógico como a la problemática ética de la “indignidad de hablar por el otro” enunciada por Michel Foucault para situar históricamente en qué momento los movimientos políticos de personas con discapacidad asumen de alguna manera esta afirmación y cuáles son los límites de sus efectos de poder en ese nivel de enseñanza en Brasil. Pretendemos con ello analizar críticamente las tensiones internas de tales movimientos, los signos de evasión de la norma médica y de la normalidad social para problematizar los modelos de saber que se sustentaron en ellos, así como señalar los poderes emergentes de un “cuerpo común” como cualquier otro, en sus luchas por la educación inclusiva y la justicia social. En este sentido, he argumentado por la formación de un “cuerpo común” en la educación universitaria, constituido a partir de los encuentros de saberes y diferencias, actuando a través del ejercicio de una alteridad radical y la movilización de devenires minoritarios del “pueblo que falta” como posibilidad de emergencia de otro paradigma de inclusión. RESUMEN inconmensurable décadas brasileña indignidad Brasil ellos común sentido universitaria diferencias pueblo falta