Resumo O objetivo deste artigo é abordar a Indústria 4.0 como o cerne de um novo paradigma de produção - o ciberfordismo - que emergiu no bojo do estágio ultraneoliberal do capitalismo. Primeiramente, apresentamos as características da Indústria 4.0 para evidenciar como ela radicaliza os processos de automação da produção e de inserção da inteligência artificial nos processos decisórios. Em seguida, retomamos os contornos dos paradigmas fordistas e pós-fordistas de produção, demarcando a continuidade entre estes e o ciberfordismo, bem como apontando a desconstrução do compromisso fordista e do Estado de bem-estar em sua transição para os modelos de flexibilização pós-fordistas e neoliberais. Discutimos também as características do paradigma ciberfordista, que maximiza os propósitos do fordismo clássico, uma vez que tende a tornar prescindíveis a mão de obra qualificada e até mesmo os próprios gerentes. Na conclusão, destacamos as contribuições do artigo e recomendações para futuras pesquisas.
Abstract This article approaches Industry 4.0 as the core of cyberfordism, a new production paradigm that emerged amid the ultra-neoliberal stage of capitalism. The first part of the study presents the characteristics of Industry 4.0, showing how it radicalizes production automation and inserts artificial intelligence in decision-making processes. The second part returns to the Fordist and post-Fordist production paradigms, demarcating the continuity between them and cyberfordism. We point out the deconstruction of the Fordist commitment and the welfare state during the transition to post-Fordist and neoliberal flexibilization models. In the third part, we discuss the characteristics of the cyberfordist paradigm, which maximizes the purposes of classic Fordism since it tends to make skilled labor and managers unnecessary. In the conclusion, we highlight the contributions and recommendations for future research.
Resumen El propósito de este artículo es abordar la Industria 4.0 como el núcleo de un nuevo paradigma de producción, el ciberfordismo, que surgió en medio de la etapa ultraneoliberal del capitalismo. En la primera parte, presentamos las características de la Industria 4.0 para mostrar cómo radicaliza los procesos de automatización de la producción y de inserción de inteligencia artificial en los procesos de toma de decisiones. En la segunda parte, volvemos a los contornos de los paradigmas de producción fordista y posfordista, delimitando la continuidad entre estos y el ciberfordismo, y señalando la deconstrucción del compromiso fordista y el estado de bienestar en su transición a modelos de flexibilización posfordistas y neoliberales. En la tercera parte, discutimos las características del paradigma ciberfordista, que maximiza los propósitos del fordismo clásico, ya que tiende a hacer innecesaria la mano de obra calificada e incluso los propios gerentes. En las conclusiones destacamos los aportes del artículo y las recomendaciones para futuras investigaciones.