RESUMO Introdução: Embora a reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA) proporcione resultados clínicos bons e excelentes na maioria dos estudos, algumas questões ainda são discutidas e estudadas, como o posicionamento dos túneis. Objetivo: Comparar os resultados clínicos objetivos e subjetivos da reconstrução do LCA entre duas técnicas, a transtibial e a transportal medial. Métodos: Estudo prospectivo e randomizado de 80 pacientes submetidos à reconstrução do LCA pelo mesmo cirurgião, com 40 pacientes operados pela técnica transtibial e 40 pela técnica transportal medial. Ocorreram nove desistências, sendo 34 pacientes do grupo transtibial e 37 do grupo transportal medial, reavaliados durante dois anos de seguimento. A avaliação utilizou exame físico, avaliação com KT-1000TM, escores de Lysholm e (International Knee Documentation Committee) - IKDC (objetivo e subjetivo). Resultados: Nos testes de Lachman e pivot shift, foram observados mais casos de instabilidade no grupo transtibial, porém sem significância estatística (p = 0,300 e p = 0,634, respectivamente). Em relação ao teste de "gaveta anterior", os resultados foram semelhantes (p = 0,977). A avaliação com KT-1000TM apresentou resultado médio de 1,44 no grupo transtibial e 1,23 no grupo transportal medial, sem diferença estatística (p = 0,548). Os resultados do IKDC objetivo foram separados em 2 grupos: Grupo 1, pacientes com IKDC A e grupo 2, pacientes com IKDC B, C ou D, sem diferença estatisticamente significante (p = 0,208). Em relação ao escore de Lysholm, o grupo transtibial teve uma pontuação média de 91,32 e o grupo transportal medial teve 92,81. O escore médio do IKDC subjetivo foi de 90,65 no grupo transtibial e de 92,65 no grupo transportal medial. Três rerrupturas foram encontradas no grupo transtibial e três no grupo transportal medial. Conclusões: Não foram encontradas diferenças com significância estatística nas avaliações objetivas e subjetivas, ao comparar pacientes submetidos à reconstrução do LCA pelas técnicas transtibial e transportal medial.
Abstract Introduction: Although the results of anterior cruciate ligament (ACL) reconstruction are well documented in many studies, with good to excellent outcomes in most cases, some issues like tunnel positioning are still discussed and studied. Objective: To compare the objective and subjective clinical outcomes of ACL reconstruction using the transtibial and anteromedial portal techniques. Methods: Prospective randomized study of 80 patients undergoing anterior cruciate ligament reconstruction by the same surgeon, with 40 patients operated by the transtibial technique and 40 by anteromedial portal technique. The patients, 34 in the transtibial group and 37 in the anteromedial portal group (nine dropouts), were reassessed during a 2-year follow-up period. The clinical assessment consisted of physical examination, KT-1000TM evaluation, Lysholm score, and objective and subjective International Knee Documentation Committee - IKDC scores. Results: Regarding the Lachman and pivot shift tests, we observed more cases of instability in the transtibial group, but with no statistical significance (p=0.300 and p=0.634, respectively). Regarding the anterior drawer test, the groups presented similar results (p=0.977). Regarding KT-1000TM evaluation, the mean results were 1.44 for the transtibial group and 1.23 for the anteromedial portal group, with no statistical significance (p=0.548). We separated the objective IKDC scores into two groups: Group 1, IKDC A, and Group 2, IKDC B, C, or D, with no statistical significance (p=0.208). Concerning the Lysholm score, the transtibial group had a mean score of 91.32, and the anteromedial portal group had a mean score of 92.81. The mean subjective IKDC scores were 90.65 for the transtibial group and 92.65 for the anteromedial portal group. Three re-ruptures were encountered in the transtibial group and three in the anteromedial portal group. Conclusions: There were no significant differences in the subjective and objective clinical assessments among patients submitted to anterior cruciate ligament reconstruction using the transtibial or anteromedial portal techniques.
RESUMEN Introducción: Aunque los resultados del ligamento cruzado anterior (LCA) están bien documentados en numerosos estudios, con buenos a excelentes resultados en la mayoría de los casos, algunos temas como el posicionamiento del túnel todavía son discutidos y estudiados. Objetivo: Comparar los resultados clínicos objetivos y subjetivos de la reconstrucción del LCA utilizando la técnica transtibial y la técnica transportal. Métodos: Estudio prospectivo aleatorizado de 80 pacientes sometidos a reconstrucción del ligamento cruzado anterior por el mismo cirujano, con 40 pacientes operados mediante la técnica transtibial y 40 mediante técnica transportal. Hubo nueve pérdidas y 34 pacientes del grupo transtibial y 37 en del grupo transportal fueron re-evaluados durante un período de seguimiento de 2 años. La evaluación clínica consistió en examen físico, evaluación KT-1000TM, puntuaciones de Lysholm e (International Knee Documentation Committee) - IKDC objetiva y subjetiva. Resultados: En cuanto a la prueba de Lachman y la prueba de pivot shift, hemos observado más casos de inestabilidad en el grupo transtibial, pero sin significación estadística (p = 0,300 y p = 0,634, respectivamente). En cuanto a la prueba del cajón anterior, los grupos presentaron resultados similares (p = 0,977). En cuanto a la evaluación con KT-1000TM, los resultados promedio fueron de 1,44 para el grupo transtibial y 1,23 para el grupo transportal, sin significación estadística (p = 0,548). Separamos las puntuaciones IKDC objetivo en dos grupos: Grupo 1, pacientes con IKDC Ay Grupo 2, pacientes con IKDC B, C o D, sin significación estadística (p = 0,208). En lo que respecta a la puntuación de Lysholm, el grupo transtibial tenía puntuación media de 91,32 y el grupo transportal tuvo puntuación media de 92,81. Las puntuaciones medias de IKDC subjetivo fueron 90,65 para el grupo transtibial y 92,65 para el grupo transportal. Tres re-roturas fueron encontradas en el grupo transtibial y tres en el grupo transportal. Conclusiones: No hubo diferencias significativas en las evaluaciones clínicas subjetivas y objetivas entre los pacientes sometidos a la reconstrucción del ligamento cruzado anterior utilizando las técnicas transtibial y transportal.