Resumo: O artigo trata das articulações entre arte, política e educação no âmbito da ação Traga Sua Luz, realizada pelo coletivo Política do Impossível em 2008. Destinada a questionar o processo de gentrificação que atingia o bairro da Luz - região central da cidade de São Paulo -, ela consistiu de uma performance coletiva e silenciosa, em que velas e pequenas lâmpadas eram carregadas e depositadas em terrenos desapropriados pela prefeitura. Por meio dos subsídios teóricos de Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman, Roland Barthes e Jacques Rancière, o presente artigo elucida de que modo a suspensão do devir meramente comunicativo da linguagem permeia arte, educação e uma política do silêncio.
Abstract: The paper aims to think the articulations between art, politics and education within the action titled Traga Sua Luz, carried out in 2008 by Política do Impossível collective. Intended to question the process of gentrification in Luz neighborhood - downtown São Paulo -, it consisted of a silent and collective performance in which candles and small lamps were carried and deposited on lands expropriated by the then mayor. Through the theoretical contributions of Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman, Roland Barthes and Jacques Rancière, this paper elucidates how the suspension of the merely communicative function of language permeates art, education and a politics of silence.
Résumé: L’article est destiné à penser les relations entre art, politique et éducation dans le cadre de Traga Sua Luz, action réalisée en 2008 par le collectif Política do Impossível. Visant à mettre en question le processus de gentrification engendré au quartier de Luz - au centre de São Paulo - il s'agissait d'une performance collective et silencieuse, dans lequel des bougies et des petites lampes ont été portés et déposés sur des terres expropriées par le maire de l'époque. À travers les théories de Walter Benjamin, Georges Didi-Huberman, Roland Barthes et Jacques Rancière, cet article explique comment la suspension du devenir uniquement communicatif du langage imprègne art, éducation et une politique du silence.