OBJETIVO: Um instrumento de avaliação da atividade da Doença de Behçet (DB) denominado Behçet's Disease Current Activity Form (BDCAF) foi originalmente elaborado em língua inglesa e adaptado para a língua portuguesa do Brasil na versão BR-BDCAF. Recentemente, um modelo simplificado desse protocolo (com 12 itens) foi apresentado pela Sociedade Internacional para a Doença de Behçet (International Society for Behçet's Disease, ISBD) para produzir um índice denominado BDAI (Behçet's Disease Activity Index). Por esse motivo, neste trabalho produzimos o modelo simplificado da versão brasileira, medimos sua confiabilidade e avaliamos a validade dos resultados de ambos os instrumentos, comparando seus desempenhos. MÉTODO: O modelo simplificado da versão brasileira BR-BDCAF, adaptada transculturalmente, foi denominado BR-BDCAF(s). Ambos os protocolos foram aplicados em 25 pacientes com DB. A confiabilidade do BR-BDCAF(s) foi avaliada através das reprodutibilidades intra e interobservadores pela estatística kappa. A validade e as propriedades diagnósticas sensibilidade(S), especificidade(E) e acurácia dos dois protocolos na definição de casos ativos da doença foram avaliadas pela comparação ao julgamento clínico de um reumatologista perito em DB, e os melhores pontos de corte foram estabelecidos para cada instrumento através da curva ROC (receive-operator characteristic). RESULTADOS E CONCLUSÕES: BR-BDCAF(s) apresentou boa confiabilidade nas questões sobre manifestações mucocutâneas e articulares da DB. Os melhores pontos de corte para a definição de casos ativos foram índices maiores que quatro no BR-BDCAF (S = 80,0%, E = 86,7%) e maiores que um no BR-BDCAF(s) (S = 70,0%, E = 86,7%). Suas acurácias foram semelhantes, sugerindo que ambos podem ser utilizados como instrumentos de medida de atividade da DB.
OBJECTIVE: Behçet's Disease Current Activity Form (BDCAF), an instrument for assessing activity of Behçet's Disease (BD), was originally produced in English. Its cross-cultural adaptation to Brazilian Portuguese language generated a version called BR-BDCAF. Recently, a simplified model of this protocol (with 12 items) was developed by the International Society for Behçet's Disease (ISBD) to generate an index called BDAI (Behçet's Disease Activity Index). For this reason, in this work we intended to create the simplified model of the Brazilian version, measure their reliability and evaluate the validity of the results of both instruments, comparing their performances. METHODS: The simplified version of BR-BDCAF was called BR-BDCAF(s). Both protocols were applied in 25 BD patients. Reliability of BR-BDCAF(s) was evaluated through intra- and interobserver agreement according to kappa statistic. Sensitivity (Se), specificity (Sp) and accuracy of both protocols on defining BD active cases were evaluated by comparing the rheumatologist expert clinical judgement to each protocol, and the best cut-off points were established for each instrument by the ROC curve (receive-operator characteristic). RESULTS AND CONCLUSIONS: BR-BDCAF(s) showed good reliability on items relating to mucocutaneous and articular manifestations of BD. The best cut-off points for the definition of active cases were: higher than four with BR-BDCAF (Se = 80.0%, Sp = 86.7%) and higher than one with BR-BDCAF( s) (Se = 70.0%, Sp = 86.7%). Accuracy of both protocols was similar, suggesting that both can be used as tools to assess activity of DB.