Há na literatura vários estudos filogenéticos e de distribuição de genótipos do chamado "Vírus GB-C" ou da "Hepatite G", mais conhecido pela dupla sigla "GBV-C/HGV". Ocorre que, em sua grande maioria, estas pesquisas foram realizadas com amostras de grupos ligados epidemiologicamente e não com indivíduos representativos da população geral. O presente estudo é uma continuação do primeiro trabalho no Brasil feito com este tipo de amostragem. Trata-se de análise filogenética e distribuição genotípica do GBV-C/HGV a partir de amostras isoladas dentre mais de 1.000 indivíduos da cidade de São Paulo. Para tanto, um fragmento de 728 pares de base da região 5' não-codificadora (5´NCR) do genoma viral, de 24 amostras, foi sequenciado e submetido à analise filogenética. Foram identificados os genótipos 1, 2a e 2b nas respectivas freqüências: 8,3% (2/24), 50% (12/24) e 41,7% (10/24). Concluindo, São Paulo apresenta uma distribuição de genótipos semelhante à publicada para outros estados e regiões do Brasil, endossando a idéia de que os tipos 1 e 2 teriam vindo com os africanos e europeus, respectivamente, e portanto estariam na população do país desde a sua formação.
There has been several studies worldwide on phylogenetics and genotype distribution of the GB-virus C / Hepatitis G virus (GBV-C/HGV). However, in their great majority, those investigations were based on some epidemiologically linked group, rather than on a representative sampling of the general population. The present is a continuation of the first study in Brazil with such a population; it addresses the GBV-C/HGV phylogenetics and genotype distribution based on samples identified among more than 1,000 individuals of the city of São Paulo. For this purpose, a 728 bp fragment of the 5´non-coding region (5´NCR) of the viral genome, from 24 isolates, was sequenced and subjected to phylogenetic analysis. Genotypes 1, 2a and 2b were found at 8.3% (2/24), 50% (12/24) and 41.7% (10/24), respectively. In conclusion São Paulo displays a genotype distribution similar to the published data for other States and Regions of Brazil, endorsing the notion that types 1 and 2 would have entered the country with African and European people, respectively, since its earliest formation.