Resumo O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do estádio de amadurecimento na colheita (“1/3 maduro” e “3/4 maduro”, frutos com 30% e 75% de cor vermelha, respectivamente) e da atmosfera modificada (AM) passiva e ativa (com baixa pressão parcial inicial de O2 e/ou alta pressão parcial inicial de CO2) sobre a qualidade de morangos ‘San Andreas’, especialmente sobre compostos bioativos e metabolismo fermentativo. Os tratamentos avaliados foram: controle; AM passiva [embalagem de polietileno de baixa densidade (PEBD) de 40 µm]; AM ativa com baixo O2 inicial (1 kPa); AM ativa com alto CO2 inicial (30 kPa); e AM ativa com baixo O2 (1 kPa) e alto CO2 (30 kPa) iniciais. Após 14 dias de armazenamento (0,5±0,2 °C/92±2% de UR) e mais dois dias em condição ambiente (20±5 ºC/65±10% de UR), a perda de peso dos frutos foi maior no tratamento controle. Os sólidos solúveis e a acidez titulável não apresentaram diferenças entre os tratamentos avaliados. Os frutos do estádio “1/3 maduro” apresentaram-se menos vermelhos e mais firmes do que os do estádio “3/4 maduro” após o armazenamento. As condições de armazenamento não influenciaram na manutenção da textura dos frutos, mas todas as condições de AM reduziram a evolução da cor vermelha dos frutos, independentemente do estádio de amadurecimento. Os morangos colhidos no estádio “1/3 maduro” e armazenados em AM ativa com alto CO2 inicial apresentaram menores valores de incidência e severidade de podridões. O conteúdo de compostos fenólicos totais (CFT) e a atividade antioxidante total (AAT), de maneira geral, foram maiores nos frutos colhidos no estádio “1/3 maduro”. Os produtos do metabolismo fermentativo foram maiores em frutos colhidos no estádio “3/4 maduro” e armazenados em AM ativa com baixo O2 inicial. Frutos colhidos no estádio “1/3 maduro” apresentam maiores valores de CFT e AAT e menor incidência de podridões após o armazenamento. A utilização de AM ativa com alta pressão parcial inicial de CO2 preserva a vida pós-colheita de morangos ‘San Andreas’, pois reduz podridões sem causar incremento nos produtos do metabolismo fermentativo.

Abstract This work was carried out to evaluate the effect of fruit ripening stage at harvest (“1/3 ripe” and “3/4 ripe”, respectively with 30% and 75% of red color) and passive modified atmosphere (MA) and active MA (with initial initial low O2 and/or high CO2) on quality of ‘San Andreas’ strawberries, with emphasis on bioactive compounds and metabolites of fermentative metabolism. The treatments evaluated were: control; passive MA [low density polyethylene (LDPE) packaging of 40 µm]; active MA with initial low O2 (1 kPa); active MA with initial high CO2 (30 kPa); and active MA with initial low O2 (1 kPa) and high CO2 (30 kPa). After 14 days of storage (0.5±0.2°C/92±2% RH) followed by two days of shelf life (20±5°C/65±10% RH), fruit weight loss was higher in control fruit. Soluble solids content and titratable acidity were not different between treatments. Fruit harvested “1/3 ripe” were firmer and had less intense red color after storage than fruit harvested “3/4 ripe”. Storage conditions did not affect fruit texture maintenance, but all MA conditions delayed fruit red color evolution, regardless of ripening stage at harvest. Strawberries harvested “1/3 ripe” and stored in active MA with initial high CO2 had lower incidence and severity of decay. In general, total phenolic compounds (TPC) and total antioxidant activity (TAA) were higher in fruit harvested “1/3 ripe”. The metabolites of the fermentative metabolism were higher in fruit harvested “3/4 ripe” and stored in active MA with initial low O2. Fruit harvested “1/3 ripe” had higher values of TPC and TAA and lower incidence of decay after storage. The use of active MA with initial high partial pressure of CO2 preserves the postharvest life of ‘San Andreas’ strawberries, by reducing decay without increasing the metabolites of the fermentative metabolism.

Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do vapor de etanol durante o armazenamento em atmosfera modificada sobre o amadurecimento e a manutenção da qualidade pós-colheita de ameixas ‘Laetitia’. Foram utilizadas ameixas provenientes de um pomar do município de Lages-SC. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado. Os tratamentos avaliados foram doses de vapor de etanol (0; 2; 4; 6 e 8 mL kg-1de fruto). Os frutos foram armazenados a 0,5±0,2°C e 92±2% de UR por 30 dias. Na saída do armazenamento seguido de mais três dias em condição ambiente (20±5ºC e UR de 63±2%), os frutos foram avaliadas quanto aos atributos físico-químicos, incidência e intensidade de escurecimento da polpa, quantificação de etanol, acetaldeído e acetato de etila, e atividade das enzimas peroxidase e superóxido dismutase. A aplicação de vapor de etanol foi eficiente na manutenção da firmeza de polpa dos frutos, na redução da evolução da cor vermelha e apresentou maior atividade das enzimas peroxidase e superóxido dismutase. No entanto, as doses avaliadas não foram eficientes em reduzir o escurecimento da polpa.

Abstract The objective of this work was to evaluate the effect of ethanol vapor during storage in modified atmosphere on the ripening and maintenance of the postharvest quality of ‘Laetitia’ plums. The plums were obtained from an orchard in the municipality of Lages, SC. The experimental design adopted was completely randomized. The treatments evaluated were ethanol vapor doses (0, 2, 4, 6 and 8 mL kg-1 of fruit). The fruits were stored at 0.5±0.2°C and 92±2% RH for 30 days. Upon their removal from storage followed by another three days in room conditions (20±5ºC and 63±2% RH), the fruits were evaluated in relation to their physical and chemical attributes, incidence and intensity of internal browning, quantification of ethanol, acetaldehyde and ethyl acetate, and the activity of enzymes peroxidase and superoxide dismutase. The application of ethanol vapor was efficient in maintaining the fruits flesh firmness, reducing the evolution of the red coloring, and resulted in greater activity of enzymes peroxidase and superoxide dismutase. However, the doses evaluated were not efficient in reducing the internal browning.

Lipases from different sources were immobilized in sodium caseinate/glycerol film and used in the esterification reactions of aliphatic acids with alcohols in the presence of organic solvents. Lipases from Pseudomonas sp and Rhizopus oryzae were selected and the influence of several parameters was analyzed, including: lipase loading, organic solvent polarity, reaction temperature, chain length of alcohol and acid and enzyme/support reuse. For comparison, free enzymes were used under similar experimental conditions.