Este estudo in vitro, cego e randomizado avaliou o potencial anticárie de uma formulação experimental de enxaguatório fluoretado (F), usando protocolos previamente validados. Blocos de esmalte (120), 60 hígidos e 60 com lesão artificial de cárie, com microdureza de superfície (MDS) conhecida, foram submetidos a 3 grupos de tratamentos: A) Enxaguatório placebo (controle negativo); B) Controle positivo contendo NaF 0,05% e C) Uma formulação experimental contendo NaF 0,05% e cloreto de cloreto de cetil-piridínio como antibacteriano. Para testar a capacidade de formação de produtos fluoretados no esmalte, blocos hígidos (n=10) e cariados (n=10) foram tratados durante 10 min e os fluoretos fracamente e fortemente ligados formados foram determinados após extração com álcali e ácido, respectivamente. Para avaliar a inibição da desmineralização do esmalte, os blocos hígidos (n=10) foram tratados com as formulações 2 x/dia durante 1 min e submetidos a um modelo de ciclagem de pH, simulando o processo de desmineralização. Para avaliar a ativação da remineralização do esmalte, os blocos com lesões de cárie (n=10) foram tratados 3 x/dia e submetidos a um modelo de ciclagens de pH, simulando uma condição de remineralização. Após 8 dias, a MDS do esmalte foi novamente determinada e as porcentagens de sua redução ou aumento foram calculadas, respectivamente para os blocos hígidos ou com lesão de cárie. A formulação experimental foi superior ao controle negativo (p<0,05) e equivalente ao positivo (p>0,05), na formação de produtos fluoretados no esmalte e na inibição de sua desmineralização e ativação da remineralização. Conclui-se que o enxaguatório experimental apresenta fluoreto ativo com potencial para controlar cárie dental.
This blind and randomized study tested in vitro, using validated protocols, the anticaries potential of an experimental fluoride mouthrinse. One-hundred enamel slabs, half sound and half with caries-like lesions (carious), all with known surface microhardness (SMH), were submitted to 3 treatment groups: A) a placebo mouthrinse (negative control); B) a positive control mouthrinse containing 0.05% NaF; and C) an experimental formulation containing 0.05% NaF and cetylpyridinium chloride as an antibacterial substance. To evaluate the formation of F products on enamel, sound (n=10) and carious (n=10) slabs were treated with the formulations during 10 min and loosely and firmly-bound F formed in enamel were determined after extraction with alkali and acid, respectively. To evaluate the inhibition of enamel demineralization, sound enamel slabs (n=10) were treated with the mouthrinse formulations 2x/day during 1 min and subjected to a pH-cycling regimen simulating a cariogenic challenge (demineralization). To evaluate enamel remineralization, the carious slabs (n=10) were submitted to the treatments 3x/day and subjected to a pH-cycling model simulating a remineralizing condition. After 8 days, enamel SMH was determined again and the percentage of SMH loss or SMH recovery was calculated for the sound and carious slabs, respectively. The experimental formulation was superior to the negative control (p<0.05) and equivalent to the positive control (p>0.05) in the formation of F products in enamel, and in the inhibition of enamel demineralization and enhancement of remineralization. These data suggest that the tested experimental fluoride mouthrinse has anticaries potential.