OBJETIVO: Identificar as complicações pós-operatórias, a duração da internação hospitalar, os resultados funcionais clínicos, e os resultados oncológicos num seguimento médio de 2,5 anos nos pacientes com câncer do reto distal submetidosà ressecção anterior ultrabaixa e interesfinctérica com anastomose coloanal por videolaparoscopia. CASUÍSTICA E MÉTODOS: De um total de 491 pacientes operados pelo acesso videolaparoscópico, foram selecionados para esse estudo prospectivo 13 doentes , nove do sexo feminino,com câncer da porção distal do reto inferior entre os 172 pacientes com câncer do reto.Nenhum tumor T4 ou com resposta completa à quimiorradioterapia foi selecionado. A quimiorradioterapia neo-adjuvante foi aplicada em 8 doentes. RESULTADOS: A taxa de complicaçãos pós-operatória foi de 23,1%., sendo de 7,7% o índice de fístula anastomótica. A mortalide foi nula. A alta hospitalar ocorreu até o 7° dia de pós-operatório para 8 pacientes (61,5%), 4 dos quais no quinto dia.. O número médio de linfonodos por peça foi 13. A margem distal média foi de 1,5 cm. A margem circunferencial foi positiva em um caso (7,7%). Evacuação fracionada foi relatada por 11 pacientes (91%) e incontinência fecal por 5 pacientes (41%). Onze pacientes (84%) estão satisfeitos com a operação. Um paciente continua ileostomizado (7,7%). Em um seguimento médio de 30 meses ocorreu uma recidiva local (7,7%) e dois casos de metástase pulmonar (15,4 %). As três pacientes faleceram da doença. Dez pacientes (77%) estão sem doença. CONCLUSÕES: Apesar da pequena casuística, a analise permitiu as seguintes conclusões: a) A técnica empregada mostrou ser viável e segura, pois apresentou baixo índice de complicação pós-operatória e mortalidade nula; b) O emprego dessa técnica permitiu período de internação hospitalar pós-operatório curto; c) Apesar dos resultados funcionais com avaliação clínica regular, evitou-se a colostomia definitiva em 92,3% dos doentes; d) A utilização dessa técnica não comprometeu os resultados oncológicos num período médio de 30 meses de seguimento.
PURPOSES: The main purpose of this study was to evaluate the postoperative complications, the length of the hospital stay, the clinic functional results, and the oncological outcome at 2,5 years follow-up of patients with very low rectal cancer treated by laparoscopic coloanal anastomosis and intersphincteric resection. PATIENTS AND METHODS: 491 patients were treated by laparoscopic colorectal surgery, 13 of 172 with rectal cancer were selected and prospectively evaluated. All with very low rectal cancer, 9 female. No patient T4 or with complete response to quimioirradiation was selected. Quimioirradiation was used in 8 patients. RESULTS: The postoperative complication rate was 23,1% and the anastomotic fistulas rate was 7,7%. No patients died postoperatively. 61,5% of the patients were discharged before 7 days of hospital stay. The median number of harvested lymphnodes was 13. Mean distal tumor-free margin was 1,5 cm. Circumferential margin was positive in 1 case (7,7%). Fecal incontinence was related in 41% of the patients and fracionned evacuations in 91%. Eleven patients (84%) have related good quality of life. One patient is with definitive stoma (7,7%). With median follow-up of 30 months, there were one local recurrence (7,7%) and two cases of lung metastases (15,4 %). All, the three patients died of the diseases. Ten patients are survived (77%) without disease. CONCLUSIONS: Analysis of results led to the following conclusions: a) The technique employed is safe and have presented low rate of complication and no mortality; b) The use of this technique have permited short length of the hospital stay; c) Functional results were regular , but colostomy was avoid in 92,3% of the patients; d) The use of this technique does not compromise the oncological outcome at a median follow-up of 30 months.