RESUMO Introdução: Diferenças de extroversão/introversão e idade podem influenciar na troca velocidade-precisão. Objetivo: A troca velocidade-precisão foi investigada em garotas, jovens adultas e idosas extrovertidas e introvertidas. Método: As participantes realizaram uma versão alternativa da tarefa de Fitts, a qual consistia em clicar alternadamente com a mão dominante no mouse, o mais rápido possível, em dois alvos retangulares na tela do computador, a fim de fazer doze tentativas em seis níveis aleatórios de dificuldade (doze combinações de larguras e distâncias entre os alvos). Cada um dos três grupos era composto por 16 introvertidas e 16 extrovertidas, com base nas versões brasileiras do questionário de Eysenck. Resultados: As idosas introvertidas acertaram menos o alvo com mais frequência e cometeram mais erros gerais em comparação às idosas extrovertidas. Ainda, as idosas acertaram menos o alvo com mais frequência e cometeram mais erros gerais, além de demorarem mais tempo para concluírem as tarefas com níveis maiores de dificuldade quando comparadas com as jovens adultas. Conclusão: Os achados foram interpretados com base nas teorias criadas para explicarem os principais processos sobre as diferenças relacionadas à extroversão/introversão e à idade. Nível de Evidência II; Estudo prospectivo de menor qualidade.

ABSTRACT Introduction: Extraversion/introversion and age differences might influence speed-accuracy tradeoff. Objective: The speed-accuracy tradeoff was investigated in extroverted and introverted female children, young adults and older adults. Method: Participants carried out an alternative version of Fitts’ task, which involved making alternate clicks with the mouse held in the dominant hand, moving as fast as possible, on two rectangular targets on a computer screen in order to make twelve attempts at six random levels of difficulty (twelve combinations of target widths and distances between targets). Each of the three groups was composed of 16 introverted and 16 extroverted subjects, based upon Brazilian versions of Eysenck’s questionnaire. Results: Elderly introverts fell short of the target more often and committed more overall errors than the elderly extroverts. Additionally, compared to their younger adult counterparts, the elderly subjects fell short of the target more often and committed more overall errors, besides taking longer to complete the task with higher levels of difficulty. Conclusion: The findings were interpreted in light of theories designed to explain the main processes underlying extroversion/introversion and age-related differences. Level of Evidence II; Lesser quality prospective study.

RESUMEN Introducción: Las diferencias de extroversión/introversión y edad pueden influir en el cambio velocidad-precisión. Objetivo: El cambio velocidad-precisión fue investigado en mujeres jóvenes adultas y de la tercera edad introvertidas y extrovertidas. Método: Las participantes realizaron una versión alternativa de la tarea de Fitts, que consistía en hacer clic alternadamente con el ratón, usando la mano dominante, lo más rápidamente posible, en dos objetos rectangulares en la pantalla de la computadora, a fin de realizar doce tentativas con seis niveles aleatorios de dificultad (doce combinaciones de anchos y distancias entre los objetos). Cada uno de los tres grupos fue compuesto por 16 introvertidas y 16 extrovertidas, con base en las versiones brasileñas del cuestionario de Eysenck. Resultados: Las mujeres de tercera edad introvertidas acertaron menos el objeto con más frecuencia y cometieron más errores generales en comparación a las mujeres de tercera edad extrovertidas. Además, las mujeres de tercera edad acertaron menos el objeto con más frecuencia y cometieron más errores generales, además de demorar más tiempo para concluir las tareas con niveles mayores de dificultad cuando comparadas con las mujeres jóvenes adultas. Conclusión: Los hallazgos fueron interpretados con base en las teorías creadas para explicar los principales procesos sobre las diferencias relacionadas a la extroversión/la introversión y a la edad. Nivel de Evidencia II; Estudio prospectivo de menor calidad.

RESUMO O ritmo circadiano do desempenho motor é sincronizado ao ritmo da temperatura corporal, com picos ao final da tarde, e ao ciclo vigília-sono, com diferenças individuais quanto às preferências pelos horários de dormir e acordar. O objetivo deste trabalho foi verificar se diferenças entre as preferências de horários de dormir e acordar (matutinidade-vespertinidade) têm impacto nos tempos de reação (TR) e de movimento (TM) medidos no início da manhã e ao final da tarde. Quarenta universitários, 20 matutinos e 20 vespertinos, realizaram pela manhã e à tarde uma tarefa de pressionamento de teclas do computador com medidas de tempo de reação simples e tempo de movimento. Os resultados mostraram que tanto os matutinos quanto os vespertinos apresentaram valores de tempo de reação simples menores à tarde em comparação aos valores da manhã e que os matutinos obtiveram tempos de movimento menores aqueles obtidos pelos vespertinos, tanto de manhã quanto à tarde. Conclui-se que o caráter de matutinidade-vespertinidade influenciou o tempo de movimento, mas não o tempo de reação simples.

ABSTRACT The circadian rhythm of motor performance is synchronized to the body temperature rhythm, with highest values occurring in the afternoon, and to the sleep-wake cycle, with individual preferences of sleep-onset and wake-up times. The aim of this study was to determine whether differences between the preferences of hours of sleep and wake (morningness-eveningness) have an impact on reaction times (RT) and motion (TM) measured in the early morning and late afternoon. Forty students, 20 morning-types and 20 evening-types, performed by the morning and by the afternoon a key-pressing task with measures of simple reaction time and movement time. According to the results, both morning-types and evening-types showed lower simple reaction times in the afternoon as compared to values in the morning and morning-types obtained lower movement times than evening-types, both in the morning and in the afternoon. Thus, it can be concluded that morningness-eveningness influenced the movement time, but not the simple reaction time.