Resumo: Porter tem duas versões do conceito de cluster. Na primeira versão, de 1990, afirma que, em nível da economia, a indústria de um país é o elemento básico. As inter-relações-chave são entre indústrias, sejam o tipo horizontal ou vertical. Na segunda versão, de 2000, argumenta que, em nível de uma área local ou região, as empresas e as inter-relações entre elas são o elemento-chave. Nesta segunda versão, a localização geográfica e os fatores socioculturais são exógenos a sua geração e desenvolvimento. Consequentemente, as especificidades territoriais e socioculturais no território não determinam os clusters de empresas ou a geração das vantagens competitivas. A aplicação dessa metodologia para o turismo é uma tarefa recente, até mesmo a pesquisa dessa abordagem aplicada ao setor de serviços, especialmente no turismo médico, é uma área nova e, portanto, subdesenvolvida. De alguma forma, esses tipos de grupos têm aplicado os mesmos princípios para clusters industriais. Uma diferença fundamental entre um cluster industrial e um cluster de turismo reside no fato de que o primeiro é o produto que viaja para fora do local de produção até o local de consumo, enquanto em qualquer cluster turístico acontece o contrário, isto é, a demanda (os turistas) é que deve ir para o local de produção do produto turístico. Esta diferença essencial afeta diretamente a maneira de planejar e gerenciar um cluster de turismo médico.
Abstract: Porter has two versions of the cluster concept. In 1990, the first version says that, in terms of the economy of a country, “industry” is the basic element. The key relationships are between industries, whether horizontal or vertical. In the second version, from 2000, he argues that the level of a local area or region firms and interrelations between them are the key element. In this second version, geographic location and socio-cultural factors are exogenous to his generation and development. Consequently, territorial specificities and within the socio-cultural territory not determine clusters of companies or the generation of competitive advantages. The application of this methodology to tourism is a recent task, even investigating this approach applied to the service sector, especially in the medical tourism, is a new area and, therefore, underdeveloped. Somehow, this type of groups has been applied the same principles to industrial clusters. A fundamental difference between any industrial cluster and tourism cluster lies in the fact that the former is the product that moves beyond the place of production to the place of consumption; as in any tourist cluster, the opposite happens, the demand side (tourists) is what should move to the place of production of the tourism product. This essential difference directly affects the way to plan and manage a cluster of medical tourism.
Resumen: Porter tiene dos versiones del concepto de clúster. En la primera versión, de 1990, afirma que, a nivel de la economía de un país, la industria es el elemento básico. Las interrelaciones claves son entre industrias, ya sean de tipo horizontal o vertical. En la segunda versión, del año 2000, sostiene que, a nivel de un área local o región, las firmas y las interrelaciones entre ellas son el elemento clave. En esta segunda versión, la ubicación geográfica y los factores socioculturales son exógenos a su generación y desarrollo. En consecuencia, las particularidades territoriales y las socio-culturales dentro del territorio no determinan los clústeres de empresas o la generación de las ventajas competitivas. La aplicación de esta metodología al turismo es una tarea reciente, incluso la investigación de este enfoque aplicada al sector de servicios, especialmente en el turismo médico, es un área nueva y, por lo tanto, poco desarrollada. De alguna manera, a este tipo de agrupaciones se les han aplicado los mismos principios que a los clústeres industriales. Una diferencia fundamental entre cualquier clúster industrial y un clúster de turismo estriba en el hecho que, en el primero, es el producto el que se desplaza fuera del lugar de producción hasta el lugar de consumo; mientras en cualquier clúster turístico sucede todo lo contrario, es decir, la demanda (el turista) es lo que debe trasladarse hacia el lugar de producción del producto turístico. Esta diferencia esencial repercute directamente en la manera de planear y gestionar un clúster de turismo médico.