RESUMO Objetivo: Elaborar um escore para estratificação de risco clínico de pessoas vivendo co.m Aids e analisar sua associação com aspectos clínicos e sociodemográficos. Método: Estudo transversal envolvendo 150 adultos com aids, em acompanhamento ambulatorial. Aplicou-se instrumento estruturado e, sequencialmente, técnicas estatísticas inferenciais sobre o escore elaborado. Resultados: 45,3% dos participantes foram classificados no risco clínico alto. A contagem de LT-CD4+<500cel/mm3, carga viral detectável, presença de doenças oportunistas, doenças crônicas e manifestações clínicas associaram-se ao risco clínico elevado. Verificou-se diferença significativa no risco médio entre as categorias das variáveis situação empregatícia (p = 0,003) e classe econômica (p = 0,035). Constatou-se maior risco para pessoas pardas (OR = 5,55), afastadas do emprego (OR = 16,51) e pertencentes às classes C (OR = 20,07) e D (OR = 53,32), e menor risco entre os indivíduos com maior escolaridade (OR = 0,02). Conclusão: O escore proposto quantifica situações clínicas e aponta aspectos sociodemográficos que predispõem a instabilidade e agudização da aids, subsidiando a qualificação do cuidado.
ABSTRACT Aim: To develop a clinical risk stratification score for people living with AIDS and to analyze its association with clinical and sociodemographic aspects. Method: Cross-sectional study involving 150 adults with AIDS, in outpatient follow-up. A structured instrument was applied and, sequentially, inferential statistical techniques on the developed score. Results: 45.3% of the participants were classified as in high clinical risk. TL-CD4+ <500cel/mm3 count, detectable viral load, presence of opportunistic diseases, chronic diseases and clinical manifestations were associated with high clinical risk. There was a significant difference in the mean risk between the categories of variables employment status (p = 0.003) and economic class (p = 0.035). There was a higher risk for brown people (OR = 5.55), unemployed status (OR = 16,51) and belonging to classes C (OR = 20.07) and D (OR = 53,32), and a lower risk for individuals with higher schooling (OR = 0.02). Conclusion: The proposed score quantifies clinical situations and points out sociodemographic aspects that predispose to instability and aggravation of AIDS, supporting the qualification of care.
RESUMEN Objetivo: Elaborar una puntuación para estratificación de riesgo clínico de personas viviendo con sida y analizar su asociación con aspectos clínicos y sociodemográficos. Método: Estudio transversal que involucra a 150 adultos con sida, en seguimiento de ambulatorio. Se aplicó instrumento estructurado y, secuencialmente, técnicas estadísticas que interfieren en la puntuación elaborada. Resultados: El 45,3% de los participantes fueron clasificados en el riesgo clínico alto. La cuenta de LT−CD4+<500cel/mm3, la carga viral detectable, la presencia de enfermedades oportunistas, las enfermedades crónicas y manifestaciones clínicas se asociaron al riesgo clínico elevado. Se verificó una diferencia significativa en el riesgo medio entre las categorías de variables de empleo (p=0,003) y la clase económica (p=0,035). Se constató un mayor riesgo para las personas pardas (OR=5,55), alejadas del empleo (OR=16,51) y pertenecientes a las clases C (OR=20,07) y D (OR=53,32), y menor riesgo entre los individuos con mayor escolaridad (OR=0,02). Conclusión: La puntuación propuesta cuantifica situaciones clínicas y apunta aspectos sociodemográficos que predisponen a la inestabilidad y agudización del sida, subsidiando la calificación del cuidado.