Resumen: Las relaciones que se establecen entre colectivos humanos y vegetales ha sido un aspecto poco explorado por la etnografía del área istmo-colombiana. En este artículo, a partir de una experiencia etnográfica de más de veinte años entre los gunas de Panamá, se analizan los modos de relación entre humanos, árboles y seres subjetivizados que provienen de éstos últimos, los llamados nudsugana: tallas antropomorfas y zoomorfas de madera que albergan vida. Después de explicitar que el caso de estudio será analizado desde una perspectiva ontológica, se describen tres elementos: a) el lugar que ocupan los árboles en la creación del mundo guna, b) su función en los procesos de curación y c) la co-residencia de los nudsugana. En las conclusiones se analizan las relaciones de interdependencia entre humanos y árboles, mostrando que sus vidas, a pesar de estar entrelazadas, obedecen a lógicas de sujeción y se enmarcan en una simbiosis jerárquica.
Abstract: The relationships that are built between human and plant collectives have been understudied by ethnography in the Isthmo-Colombian area. In this article, drawing on an ethnographic experience of more than twenty years among the Gunas of Panama, we study the modes of relatedness between humans, trees and subjectivized beings stemmed from the latter -the so-called Nudsugana: Anthropomorphic and zoomorphic wood carvings that harbor life. From an ontological approach, this case study describes three elements: (a) the place occupied by trees in the creation of the Guna world; (b) their role in healing processes, and (c) the co-residence of the Nudsugana. As a conclusion, interdependency relations between humans and trees are analyzed, showing that their lives, although intertwined, hold to logics of subjection and are framed within a hierarchical symbiosis.
Resumo: As relações que se estabelecem entre coletivos humanos e vegetais têm sido um aspecto pouco pesquisado pela etnografia da área istmo-colombiana. Nesse artigo, a partir de uma experiência etnográfica de mais de vinte anos entre os gunas de Panamá, analisam-se os modos de relação entre os humanos, as árvores e os seres subjetivados que se originam desses últimos, os chamados nudsugana: esculturas antropomorfas e zoomorfas de madeira que abrigam vida. Depois de aclarar que o caso de estudo será analisado desde uma perspectiva ontológica, descrevem-se três elementos: a) o lugar que ocupam as árvores na criação do mundo guna, b) sua função nos processos de cura e c) a co- residência dos nudsugana. Nas conclusões se analisam as relações de interdependência entre os humanos e as árvores para estabelecer que suas vidas, ainda que estejam entrelaçadas, obedecem às lógicas de sujeição e se enquadram em uma simbiose hierárquica.