O paradigma da bioeconomia pode ser descrito como o conjunto das atividades econômicas que captam o valor latente em processos biológicos e nos biorecursos renováveis, para produzir melhores condições de saúde, além de crescimento e desenvolvimento sustentáveis. Este artigo faz uma revisão crítica do impacto da bioeconomia emergente sobre o desenvolvimento rural. São descritas algumas das consequências do desenvolvimento rural bioeconômico, na esfera agroalimentar e da inovação regional baseada em uma definição específica -e, de nosso ponto de vista, fraca -de Modernização Ecológica. A questão central, então, é: quais são as bases conceituais, a força impulsora, as expressões empíricas e as implicações do desenvolvimento bioeconômico? Argumenta-se que, embora a bioeconomia faça duras cobranças em relação à sustentabilidade, também deixa lacunas, apresenta al-guns efeitos secundários negativos, tanto ambientais como sociais, e corre o risco de ser uma economia parcial. Sustentamos, ainda, que a trajetória do desenvolvimento ecoeconômico pode constituir uma boa alternativa para localidades particularmente vulneráveis que queiram aumentar sua resiliência.
The bio-economic paradigm can be described as those economic activities which capture the latent value in biological processes and renewable bioresources to produce improved health and sustainable growth and development. This article is a critical review of the impact of the emerging bio-economy in rural development. It describes some of its consequences in the sphere of agri-food and regional innovation based on a specific -and in our opinion weak - definition of Ecological Modernization. The central question then is: what are the conceptual roots, driving forces, empirical expressions and implications of bio-economic development? We argue that although the bio-economy makes severe sustainability claims, it also shows some missing links, has some negative environmental and social side-effects and runs the risk of a one-sided economy. We plead that the alternative trajectory of eco-economic development can be a serious alternative for especially vulnerable places, who want to increase their resilience.