Resumo O artigo examina questões relacionadas à representação de grupos não-hegemônicos no contexto das discussões acerca da diversidade, tendo como foco condutor a crítica cultural de produções da cultura pop, particularmente aquela divulgada pela internet. Foi empregada pesquisa bibliográfica e documental. O artigo aborda inicialmente o contexto contemporâneo das “guerras culturais”, conectando-o à discussão acerca das dinâmicas de construção de representações sociais, particularmente a de grupos subalternos. Observa-se que o conjunto de informações que circula na sociedade reporta-se e depende dos sistemas de conhecimento - ou seja, dos esquemas socioculturais de interpretação que lhes atribui status e valor. Defende-se que um lócus tradicional de produção desses esquemas de interpretação é o espaço da “crítica”, considerado como instituição cultural da Modernidade. Após um breve histórico acerca de sua institucionalização, o sistema da crítica é correlacionado a um sistema de produção e circulação de informações sobre bens culturais. A crítica de algumas produções derivadas das histórias em quadrinhos, e as discussões que proporciona, foi escolhida como fio condutor para refletir sobre a maneira pela qual estes esquemas socioculturais de interpretação se constituem contemporaneamente. Nessa perspectiva, discute-se a forma pela qual o contexto tecnológico incide sobre este processo e na maneira pela qual a diversidade na cultura pop é percebida. Aspectos da diversidade de gênero em algumas narrativas são abordados para referenciar a discussão. O artigo é concluído com algumas reflexões sobre o processo, destacando potencial educativo da crítica e o papel dos críticos como mediadores culturais. nãohegemônicos não hegemônicos internet documental guerras culturais, culturais , culturais” conectandoo conectando sociais subalternos Observase Observa reportase reporta seja valor Defendese Defende crítica, “crítica” Modernidade institucionalização quadrinhos proporciona contemporaneamente perspectiva discutese discute percebida “crítica
Abstract This paper examines issues related to the representation of non-hegemonic groups in the context of discussions about diversity, focusing on cultural criticism of pop culture products, particularly those disclosed on the internet. Bibliographical and documentary research was used. The article initially addresses the contemporary context of "cultural wars", connecting it to the discussion about the dynamics of the construction of social representations, mainly regarding subaltern groups. It is observed that the set of information circulating in society is reported and depends on knowledge systems - that is, on socio-cultural schemes of interpretation that give them status and value. It is argued that a traditional locus of production of these interpretation schemes is the space of "criticism", considered as a cultural institution of Modernity. After a brief history of its institutionalization, the system of criticism is correlated to a system of production and circulation of information about cultural products. The reviews about comics, and the discussions they provide, were chosen as a guiding thread to reflect on how these socio-cultural schemes of interpretation are constituted contemporaneously. From this perspective, we discuss the way in which the technological context focuses on this process and how diversity in pop culture is perceived. Aspects of gender diversity in some narratives are addressed to reference the discussion. The article concludes with some reflections on the process, highlighting the educational potential of criticism and the role of critics as cultural mediators. nonhegemonic non hegemonic products internet used wars, wars , wars" representations sociocultural socio value criticism, "criticism" Modernity institutionalization comics provide contemporaneously perspective perceived mediators "criticism