INTRODUÇÃO: Desde 1973, quando Steidler procedeu à transposição dos princípios de cadeia cinética aberta e fechada da mecânica para a reabilitação, muitos estudos têm sido feitos sobre as consequências dos exercícios envolvendo tais cadeias, mas pouco tem se estudado sobre a validade de tal definição, seus benefícios e riscos. A comunidade da reabilitação associou a definição de CCA e CCF a alguns exemplos clássicos de exercícios, sem questionar se os componentes envolvidos na definição eram suficientes para estabelecer este conceito. MÉTODO: As autoras realizaram uma revisão bibliográfica que incluiu artigos com o conceito de cadeia cinética aberta e fechada e livros de cinesiologia, mecânica e dinâmica, buscando aproximações e divergências na definição e nos conceitos. RESULTADOS: Na mecânica as cadeias abordadas são cinemáticas e não cinéticas e a transposição desses conceitos para a reabilitação foi literal, favorecendo o uso dos termos como sinônimos, mesmo existindo uma diferença entre eles: a cadeia cinemática não considera as forças causadoras do movimento ou do equilíbrio, já a cadeia cinética as considera. O termo cadeia cinética aberta não é mencionado na mecânica. CONCLUSÕES: Todos os exercícios envolvendo apenas uma articulação deveriam ser chamados exercícios isolados e o termo cadeia cinética fechada deveria ser dividido em três categorias: cadeia cinemática fechada, cadeia cinemática restrita e cadeia cinemática, concordando com o grau de liberdade de cada cadeia. Sugere-se que esses termos deveriam ser usados para descrever exercícios de múltiplas articulações, concordando com o grau de liberdade de cada exercício.
INTRODUCTION: Since 1973 when Steindler transcribed the principles of closed and open kinetic chain from the mechanics to the rehabilitation world, many studies have been conducted about the consequences of the exercises involving both types of kinetic chains, however there hasn't been a lot of studies concerning the validity about its definition, its benefits and risks. The community rehabilitation have associated the definition of closed and open kinetic chain, to some classic exercises without questioning if the components involved in definition was enough to establish such concept. METHOD: Authors have made a bibliography revision that included articles with the definition of kinetic chains, books of kinesiology, dynamic and mechanics searching a correlation some approximations and disagreements in the definition and concepts. RESULTS: The mechanics chains mentioned are the kinematic chains and not kinetic chains and the transposition of this concepts to the rehabilitation was literary, favoring the use of terms as synonyms, even existing a difference between them: the kinematic chain doesn't consider the causing forces of movement or balance, however the kinetic chain has considered them. The term open kinematic chain is not mentioned in mechanics. CONCLUSIONS: All the exercises involving only one joint should be called isolated exercises and the term closed kinematic chain should be divided into three categories: closed kinematic chain, restrained kinematic chain and kinematic chain, in accordance to the degree of freedom of each chain. It is suggested that these terms should be used to describe multi joint exercises in accordance to the degree of freedom of each exercise.