RESUMO: O artigo tem por objeto a autoavaliação dos trabalhadores de plataforma do setor de transportes acerca de sua experiência de trabalho. Para analisá-la, conjugamos metodologias quantitativas e qualitativas, com base em microdados do módulo “Trabalhadores de Plataforma” da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Contínua do IBGE e em material empírico advindo de 43 entrevistas com motoristas e entregadores realizadas na cidade do Rio de Janeiro. Em termos analíticos, com base tanto na elaboração nativa dos trabalhadores sobre a própria experiência quanto na literatura sobre o tema, avaliamos a contraposição entre o trabalho regulado (“de carteira assinada”) e o trabalho plataformizado na percepção dos trabalhadores, contextualizando tal avaliação com os dados da PNAD-C sobre as características do trabalho formal, informal e plataformizado. Embora haja nuances importantes exploradas no artigo, os resultados sugerem que, diferentemente do que boa parte da literatura crítica afirma, a avaliação dos trabalhadores de plataforma sobre o próprio trabalho é de relativa satisfação, sobretudo quanto à percepção de autonomia, entendida tanto como possibilidade de organização própria da jornada de trabalho quanto de ausência de subordinação pessoal direta. RESUMO analisála, analisála analisá la, la analisá-la qualitativas Trabalhadores Plataforma 4 Janeiro analíticos tema assinada assinada” PNADC PNAD C formal afirma satisfação autonomia direta
ABSTRACT: The paper addresses the self-assessment of transport platform workers about their work experience. The analysis combined quantitative and qualitative methodologies based on microdata from the “Platform Workers” module of the National Continuous Household Sampling Survey, collected by IBGE, and empirical material from 43 interviews with drivers and delivery workers in Rio de Janeiro. The analysis explored how regulated work (“with a formal contract”) opposes platformized work from the workers’ perspective. Our evaluation considered both the workers’ native elaboration on their own experience and the literature on the subject, supported by PNAD-C data on formal, informal, and platformized work characteristics. Despite essential nuances explored in the paper, our evidence shows that contrary to what much of the critical literature claims, transport platform workers’ assessment of their own work is one of relative satisfaction, especially considering their perception of autonomy, understood both as the possibility of organizing their own working hours and the absence of direct personal subordination). ABSTRACT selfassessment self Platform Workers Survey IBGE 4 Janeiro contract contract” perspective subject PNADC PNAD C informal characteristics claims satisfaction autonomy subordination. subordination . subordination)