Em 2006, Richard Whittington, o principal autor da corrente de pesquisa denominada estratégia como prática (strategy as practice), publicou o artigo "Completing the practice turn in strategy research". Nesse trabalho foi apresentada uma estrutura de análise que, pretensamente, completaria a virada da prática nessa área de pesquisa ao considerar diferentes níveis da prática (micro e macro). Entretanto, críticas foram e continuam sendo dirigidas aos estudos realizados sob essa perspectiva, o que evidencia a necessidade de avaliar como está se dando a practice turn nos estudos sobre estratégia. Assim, o objetivo no presente artigo foi analisar a virada da prática nos estudos sobre estratégia, tanto no que concerne às principais características quanto à finalização desse ciclo, ao tomar essa abordagem como um movimento social. Na escolha do método, optou-se pela pesquisa não reativa de documentos existentes (dados secundários) (NEUMAN, 1997). A partir desse método, foram selecionados os principais periódicos da área de administração e estratégia de acordo com o Journal Citation Reports, observando aqueles com maior fator de impacto. Com a amostra de 59 artigos, o movimento social da strategy as practice foi analisado à luz dos três momentos sugeridos por Hambrick e Chen (2008): diferenciação, mobilização e construção de legitimidade. Os resultados permitem concluir: 1. a virada da prática no campo da estratégia consiste em relacionar a corporeidade dos atores sociais, seus objetos e formas de uso, seus conhecimentos, habilidades, estados de emoção e motivações centralmente à prática; 2. essa virada está concentrada, em termos relacionais, nos pesquisadores R. Whittington e P. Jarzabkowski, com trabalhos predominantemente orientados e presos ao velho vocabulário da sociologia da regulação; 3. no que concerne à consecução ou finalização da virada da prática, como foi pretensamente estabelecido por Whittington (2006), conclui-se que a virada da prática nos estudos sobre estratégia não está completa, na medida em que examina as práticas relativamente num vácuo organizacional. Logo, é preciso recuperar a organização no estudo da prática, redefinindo o próprio termo "organização" nesse movimento social.
In 2006, Richard Whittington, the main author of the research stream named strategy as practice, published the paper "Completing the practice turn in strategy research". In that work it was introduced an analysis framework that, purposely, would complete the turn of the practice in this research area considering different practice levels (micro and macro). However, critics were done and are still been done to the studies realized about this perspective, what shows the need to evaluate how it is going the practice turn in the strategy studies. Thus, the purpose of this paper was to analyze the practice turn in strategy studies, as about the main characteristics as about the finalization of this cycle considering that approach such as a social movement. Regarding the method, it was chosen the not reactive research of existent documents (secondary data) (NEUMAN, 1997). From such method it were selected the main journals of the Administration and Strategy area according the Journal Citation Reports, looking for those with the most impact factor. Whit a sample containing 59 papers, the social movement of the strategy as practice was analyzed according the three moments suggested by Hambrick and Chen (2009): differentiation, mobilization and legitimacy construction. The results allow concluding: 1. the practice turn in strategy field consists to relate the corporeity of the social actors, their goals and ways to use it, their knowledge, skills, emotion states and motivations related to practice; 2. this turn is concentrated, in relational terms, in the researchers R. Whittington and P. Jarzabkowski, with works, predominantly, oriented and arrested to the old vocabulary of the regulation sociology; 3. regarding the achievement or completing of the turn practice, as it was allegedly placed by Whittington (2006), it is possible to conclude that the practice turn in strategy studies are not completed, in that it examines the practices relatively in an organizational vacuum. Soon, it is necessary to recuperate the organization in the practice study, redefining the term "organization" itself in this social movement.
En el 2006, Richard Whittington, el principal autor de la corriente de investigación denominada estrategia como práctica (strategy as practice), publicó el artículo "Completing the practice turn in strategy research". En ese trabajo se presentó una estructura de análisis que supuestamente completaría el giro estratégico en ese ámbito de pesquisa al considerar distintos niveles (micro y macro). Sin embargo, críticas fueron y aún son dirigidas a los estudios realizados bajo esa perspectiva, lo que evidencia la necesidad en valuar como se da la practice turn en los estudios sobre estrategia. Por lo tanto, el objetivo en el presente artículo fue analizar el giro estratégico en los estudios sobre estrategia, tanto por las principales características y aún por la finalización de ese ciclo al entender esa discusión como un problema social. Se eligió un método de pesquisa no reactiva de documentos existentes (datos secundarios) (NEUMAN, 1997). A partir de ese método fueron seleccionados las principales revistas del área de administración y estrategia de acuerdo con el Journal Citation Reports, observándose aquellos con el mayor factor de impacto. Con una muestra de 59 artículos, el movimiento social de la strategy as practice fue analizada a la luz de los tres momentos sugeridos por Hambrick y Chen (2008): diferenciación, movilización y construcción de legitimidad. Los resultados permiten concluir: 1. el giro estratégico en el área de la estrategia consiste en relacionar la materialización de los actores sociales, sus objetos y formas de uso, sus conocimientos, habilidades, estados de emoción y motivaciones centralmente a la práctica; 2. ese giro está concentrado, en términos relacionales, en los investigadores R. Whittington e P. Jarzabkowski, con trabajos predominantemente orientados y presos al viejo vocabulario de la sociología de regulación; 3. en lo que interesa a la consecución o finalización de el giro estratégico, como fue supuestamente colocado por Whittington (2006), se concluye que ello no está completado, en la medida en que se examinan las prácticas relativamente en un vacuo organizacional. Luego, es necesario recuperar la organización en el estudio de la práctica, redefiniendo el propio término "organización" como un movimiento social.