Resumo O termo mercado não possui o mesmo significado para diferentes tradições do pensamento socioeconômico. Da mesma forma, muda a maneira como se compreende a relação entre o mercado e a sociedade. Este artigo tenta oferecer uma interpretação destas diferenças, contrapondo três programas de investigações socioeconômicas: o marginalismo, a nova sociologia econômica e a sozialökonomik de Max Weber. No artigo, é argumentado que o programa marginalista baseia sua interpretação em uma concepção unilateral e abstrata da relação mercantil, enquanto que a nova sociologia econômica chega em uma acidentalidade irredutível. Ambas soluções tornam esta relação ininteligível. Finalmente, é mostrado como o sistema weberiano, diferente dos anteriores, parte de um princípio de inteligibilidade histórica: a ideia de racionalização, com a qual é possível redefinir o marcado e sua relação com a sociedade.

Abstract The meaning of the word market is not the same for different schools of socioeconomic thought. Similarly, the relationship between market and society is understood in different ways. This paper offers an interpretation of these differences comparing three socioeconomic programs of research: marginalism, the new economic sociology and Max Weber’s “social economics” (sozialökonomik”). We argue that marginalism is based on a unilateral and abstract conception of a mercantile relationship, while the interpretation of the new economic sociology is based on arbitrariness. In both solutions, this relationship remains incomprehensible. Finally, we show the Weberian system as based on a principle of historic intelligibility: rationalization, which allows it to redefine the market and its relationship with society.

Resumen El término mercado no tiene el mismo significado para distintas tradiciones del pensamiento socioeconómico. De la misma manera, cambia el modo en que se concibe la relación entre el mercado y la sociedad. Este trabajo intenta ofrecer una interpretación de estas diferencias contraponiendo tres programas de investigaciones socioeconómicas: el marginalismo, la nueva sociología económica y la sozialökonomik de Max Weber. En el trabajo se argumenta que el programa marginalista basa su interpretación en una concepción unilateral y abstracta de la relación mercantil, mientras que la nueva sociología económica desemboca en una accidentalidad irreductible. Ambas soluciones tornan ininteligible a esta relación. Finalmente se muestra cómo el sistema weberiano, a diferencia de los anteriores, parte de un principio de inteligibilidad histórica: la idea de racionalización, con la cual es posible redefinir el mercado y su relación con la sociedad.