OBJETIVOS:Avaliar a patência tardia da artéria radial (AR), utilizada como enxerto na revascularização do miocárdio (RM), por meio de estudo cineangiocoronariográfico. MÉTODO:Um grupo de 109 pacientes operados para RM, que utilizaram AR, no período de setembro de 1995 a outubro de 1996, foi reestudado no período pós-operatório imediato. Desses pacientes, 91 (83,5%) puderam ser contatados por telefone e/ou retorno ambulatorial e 34 submeteram-se a reestudo cineangiocoronariográfico tardio. Vinte e dois (65%) pacientes eram do sexo masculino; a idade média do grupo, na época da operação era 57,4 anos (37-70), o tempo médio de reestudo foi de 51,2 meses (41-63). Trinta e oito anastomoses distais foram realizadas utilizando-se a AR, com média de 1,12 anastomoses distais por paciente. A análise dos exames constitui a base do presente trabalho. RESULTADOS: A AR estava pérvia em 30 pacientes (34 anastomoses distais-89,5%) e com lesão em apenas um paciente, junto à anastomose proximal na aorta. Dos quatro pacientes que apresentavam obstrução total do enxerto, metade do sexo masculino, observamos indicação inadequada em dois deles e, nos demais, sem justificativa para as oclusões. Dos 91 pacientes reestudados no período pós-operatório imediato, houve mortalidade tardia em seis (6,6%) pacientes, um por adenocarcinoma de pulmão, os outros por prováveis causas cardíacas. O único paciente que apresentou lesão na AR foi submetido à angioplastia com implante de stent, com bom resultado. CONCLUSÕES: O enxerto de artéria radial, para cirurgia de revascularização do miocárdio, apresenta bons aspectos angiográficos e boa patência, semelhantes aos da artéria torácica interna esquerda com esse tempo de avaliação.
OBJECTIVE: To evaluate the late patency of the radial artery used as a conduit in coronary artery bypass grafting through a selective catheterization. METHOD:A group of 109 patients operated on for coronary artery bypass grafting used radial artery as grafts, from September 1995 to October 1996, were re-studied in the immediate post-operative period. Among these patients, 91 (83.5%) were contacted either by phone or through outpatient follow-ups, and 34 underwent a late angiographic study. Twenty-two patients were male (65%). The average age of the patients was 57.4 years old (37-70). The average time of the restudy was of 51.2 months (41-63). Thirty-eight distal anastomoses were performed using the radial artery, with an average of 1.12 distal anastomoses per patient. The analysis of these data is the basis for the present study. RESULTS: The radial artery was patent in 30 patients (34 distal anastomoses - 89.5%), and had a lesion in only one patient along with the proximal anastomosis in the aorta. Out of the four patients who presented total graft obstruction, two were male. We observed inadequate indications in two patients, and no justifiable occlusions in the others. From the 91 re-studied patients in the immediate post-operative period, there was late mortality in 6 patients (6.6%), one adenocarcinoma of the lung, and the others by cardiac causes. The only patient who presented a lesion at the radial artery underwent angioplasty with a stent implantation and had a satisfactory outcome. CONCLUSIONS: The radial artery, used as a conduit for coronary artery bypass grafting, shows satisfactory angiographic aspects and also a satisfactory patency, similar to those of the left internal thoracic artery, when evaluated in this time of follow-up.