Racional : As indicações da gastrectomia vertical no tratamento cirúrgico da obesidade mórbida têm aumentado no mundo todo. Apesar deste aumento, diversos aspectos relativos às indicações e aos resultados à médio e longo prazo permanecem em constante pesquisa. Objetivo : Apresentar a experiência da gastrectomia vertical de um centro de excelência em cirurgia bariátrica, analisando os resultados clínicos, complicações e seguimento a médio prazo. Métodos : Foram incluídos 120 pacientes obesos mórbidos submetidos à gastrectomia vertical e que foram acompanhados por no mínimo 24 meses. Foram analisados os aspectos relativos à técnica operatória, complicações cirúrgicas e evolução clínica. Resultados : Dos pacientes estudados 75 eram mulheres (62,5%) e a idade média foi de 36 anos. O índice de massa corpórea pré-operatório variou de 35,5 a 58 Kg/m2 (média de 40,2 kg/m2). O tempo de internação variou de 1 a 4 dias (média de 2,1 dias). As co-morbidades observadas foram a hipertensão arterial sistêmica (19%), diabete melito tipo 2 (6,6%), dislipidemia (7,5%), apneia do sono (16,6%), esofagite de refluxo (10%) e doenças ortopédicas (7,5%). A média do índice de massa corpórea e do percentual de peso total perdido com 3, 12, 18 e 24 meses foram 32,2 kg/m2-19,9%; 29,5 kg/m2-26,5%; 28,2 kg/m2-30,3% e 26,9 kg/m2-32,7%, respectivamente. Houve remissão do diabete e da dislipidemia em todos os pacientes. Já em relação à hipertensão arterial sistêmica, houve melhora ou remissão em 86% dos casos. Ocorreram apenas duas complicações (broncopneumonia e desidratação), com boa resposta ao tratamento clínico. Não se evidenciou fístula digestiva e a mortalidade foi zero. Onze pacientes (9,1%) apresentaram reganho de peso superior a 5 kg. Conclusão : A gastrectomia vertical é técnica operatória que se mostrou segura e eficaz no tratamento cirúrgico da obesidade e controle de suas co-morbidades em seguimento pós-operatório por dois anos.
Background : The indications for sleeve gastrectomy in the surgical treatment of morbid obesity have increased worldwide. Despite this, several aspects related to results at medium and long term remain in constant research. Aim : To present the experience of sleeve gastrectomy in a center of excellence in bariatric surgery by analyzing clinical outcomes, complications and follow-up in the medium term. Methods : The study included 120 morbidly obese patients who underwent sleeve gastrectomy and who were followed for at least 24 months. Aspects related to surgical technique, surgical complications and clinical outcome were analyzed. Results : Seventy-five patients were women (62.5%) and the average age was 36 years. The body mass index preoperatively ranged from 35.5 to 58 kg/m2(average of 40.2 kg/m2). The length of stay ranged from 1 to 4 days (mean 2.1 days). Comorbidities observed were hypertension (19%), type 2 diabetes mellitus (6.6%), dyslipidemia (7.5%), sleep apnea (16.6%), reflux esophagitis (10%) and orthopedic diseases (7.5%). The mean body mass index and total weight loss percentage with 3, 12, 18 and 24 months were 32.2 kg/m2-19,9%; 29.5 kg/m2-26,5%; 28.2 kg/m2-30,3% and 26.9 kg/m2-32,7%, respectively. Remission of diabetes and dyslipidemia occurred in all patients. In relation to hypertension, there was improvement or remission in 86%. There were only two complications (bronchial pneumonia and dehydration), with good response to clinical treatment. There was no evidence digestive fistula and mortality was zero. Eleven patients (9.1%) had regained weighing more than 5 kg. Conclusion : The sleeve gastrectomy is surgical technique that has proven safe and effective in the surgical treatment of obesity and control of their comorbidities in postoperative follow-up for two years.