RESUMO Este artigo concebe o mercado como uma instituição, contrastando duas abordagens teóricas: os institucionalistas com viés analítico evolucionário, cuja base teórica vem do “velho/original” institucionalismo, e a Nova Economia Institucional, com uma abordagem de viés analítico contratual, vinculada ao mainstream economics. Ambas as abordagens têm dado relevantes contribuições ao considerarem a importância das instituições para o desempenho econômico. Destaca-se um dos limites da abordagem da Nova Economia Institucional, cuja análise do funcionamento dos mercados está centrada na lógica da busca de economia dos custos de transação, como determinante do desempenho econômico. Por sua vez, o institucionalismo evolucionário compreende o mercado em um escopo mais amplo, em que as economias de custos explicam apenas parcialmente o desempenho econômico, não se constituindo, necessariamente, em um fator determinante.
ABSTRACT This paper conceives of the market as an institution, and contrasts two theoretical approaches: Institutionalism, with an evolutionary and analytical bias, whose theoretical basis comes from “Old/Original” Institutionalism, and New Institutional Economics, with an analytical, contractual approach, linked to mainstream economics. Both approaches have given relevant contributions, as they consider the importance of institutions for economic performance. The limits of New Institutional Economics are particularly relevant, whose analysis of the operation of markets is centered on the logic of transaction cost economics as a determinant of economic performance. Evolutionary Institutionalism, in turn, sees the market within a broader scope, in which cost economies only partially explains economic performance, but it is not necessarily seen as a determining factor.