Intenta-se, neste texto, abrir uma janela e pensar sobre a relação da pesquisa com o conceito de acontecimento, decorrente de algumas considerações de Foucault (1992) e Deleuze (1999). Deste modo, visa-se tocar em alguns problemas importantes, tais como: a relação pesquisador/objeto, a noção de História, as revoluções do tempo e como se dá a propagação daquilo que estudamos na sociedade e em nossa própria vida. Busca-se também fazer um corpo-a-corpo com a poeira virtual que o escavar-revolver-pesquisar nos impõe quando pensamos a partir da noção de acontecimento. Acontecimentalizar a pesquisa, para Foucault, é um procedimento analítico e de produção de conhecimentos implicado com uma posição teórico-política de desnaturalização que considera o pesquisar como forma de acesso à desmultiplicação causal. Portanto, busca-se constituir uma posição de análise, isto é, perspectivar as singularidades do acontecimento, rondá-lo dia e noite para fins de adentrar-lhe a carne e romper as evidências que se assomam ao nosso olhar.
In this work it is attempted to ‘open a window’ and reflect upon the association of research with the concept of event, taking into account some considerations by Foucault (1992) and Deleuze (1999). It is sought to approach some important aspects, such as, the relationship researcher-object, the notion of History, the time revolutions and how the propagation of what is studied occurs in our society and in our own lives. It is also attempted to have a hand-to-hand fight with the ‘virtual dust’ that the digging, turning over and researching impose to researchers, when developing their thoughts based on the notion of event. According to Foucault, turning the research into an event, is an analytical procedure of production of knowledge, together with a theoretical-political position of denaturalization that considers research as a way to take part in the causal demultiplication. Therefore, it is intended to set up an analysis position, that is, to bring into perspective the singularities of event, patrolling it day and night, with the purpose of penetrating its own flesh, in order to break the evidences that can be revealed to us.
Se intenta, en este texto, abrir una ventana y pensar sobre la relación de la pesquisa con el concepto de acontecimiento, decurrente de algunas consideraciones de Foucault (1992) y Deleuze (1999). De este modo, se visa tocar en algunos problemas importantes, tales como: la relación investigador / objeto, la noción de Historia, las revoluciones del tiempo y como se da la propagación de lo que estudiamos en la sociedad y en nuestra propia vida. Se busca también hacer un "cuerpo a cuerpo" con el polvo virtual que el excavar-revolver-pesquisar nos impone cuando pensamos a partir de la noción de acontecimiento."Acontecimentalizar" la pesquisa, para Foucault, es un procedimiento analítico y de producción de conocimientos implicado con una posición teórico-política de desnaturalización que considera el pesquisar como forma de acceso a la desmultiplicación causal. Por lo tanto, se busca constituir una posición de análisis, o sea, perspectivar las singularidades del acontecimiento, rondarlo día y noche para fines de adentrarle la carne y romper las evidencias que se asoman a nuestra mirada.