RESUMEN Introducción: Los extractos etanólico e hidroalcohólico de Ageratum fastigiatum se utilizan en la medicina popular como agentes antiinflamatorios y analgésicos. Objetivo: Evaluar la toxicidad en artemia salina y en las células del tejido conectivo de ratones (L929). Metodología: El extracto se fraccionó y se sometieron a la misma prueba sus fases hexano, diclorometano e hidroalcohólica. El tamizaje fitoquímico de las fases del extracto se realizó mediante pruebas dirigidas a la detección de metabolitos secundarios y GC-MS. En cuanto a A. salina, la fase hidroalcohólica presentó la mayor toxicidad (CL50, 1,33 mg/mL) y el extracto etanólico crudo fue el menos tóxico (CL50, 4,81 mg/mL). En el ensayo de células L929, la fase de diclorometano fue la más tóxica (95,48% de reducción de la viabilidad celular; CL50, 11,39 µg/mL), mientras que la fase hidroalcohólica fue la menos tóxica (porcentaje de muerte celular, 55,67-19,38 %; CL50, 174,20 µg/mL). Resultado: El estudio fitoquímico indicó la probable presencia de alcaloides, cumarinas, saponinas, triterpenos/esteroides y taninos. El análisis GC-MS identificó la presencia de terpenoides y un derivado de licopsamina (un alcaloide de pirrolizidina). Conclusión: Estos resultados sugieren que el extracto etanólico de A. fastigiatum tenía constituyentes (es decir, compuestos fenólicos) que corroboran su uso en la medicina popular como agente antiinflamatorio. Sin embargo, la toxicidad detectada y la presencia de 3'-acetil licopsamina (un marcador quimiotaxonómico del género que es hepatotóxico) indica que esta planta medicinal debe utilizarse con precaución.
SUMMARY Introduction: Ethanolic and hydroalcoholic extracts of Ageratum fastigiatum are used in folk medicine as anti-inflammatory and analgesic agents. Aim: To evaluate toxicity in Artemia salina and in the cells of the connective tissue of mice (L929). Methodology: The extract was partitioned and its hexane, dichloromethane and hydroalcoholic phases were submitted to the same test. The phytochemical screening of the phases of the extract was performed using tests aimed at the detection of secondary metabolites and GC-MS. Regarding A. salina, the hydroalcoholic phase exhibited the highest toxicity (LC50, 1.33 mg/mL) and the crude ethanolic extract was the least toxic (LC50, 4.81 mg/mL). In the assay of L929 cells, the dichloromethane phase was the most toxic (95.48% reduction in cell viability; LC50, 11.39 µg/mL), while the hydroalcoholic phase was the least toxic (cell death percentage, 55.67-19.38 %; LC50, 174.20 µg/mL). Result: The phytochemical study indicated the presence of alkaloids, coumarins, saponins, triterpenes/steroids and tannins. The GC-MS analysis identified the presence of terpenoids and a lycopsamine derivative (a pyrrolizidine alkaloid). Conclusion: These results suggest that the ethanolic extract of A. fastigiatum had constituents (i.e., phenolic compounds) that corroborate its use in folk medicine as an anti-inflammatory agent. However, the toxicity detected and the presence of 3'-acetyl lycopsamine (a chemotaxonomic marker of the genus that is hepatotoxic) indicates that this medicinal plant should be used with caution.
RESUMO Introdução: Os extratos etanólico e hidroalcoólico de Ageratum fastigiatum são usados na medicina popular como agentes antiinflamatório e analgésico. Objetivo: Avalidar quanto à sua toxicidade em Artemia salina e nas células do tecido conjuntivo de camundongos (L929). Metodologia: O extrato foi particionado e suas fases hexânica, diclorometânica e hidroalcoólica foram submetidas ao mesmo teste. A triagem fitoquímica das fases do extrato foi realizada por meio de testes visando a detecção de classes de metabólitos secundários e GC-MS. Resultados: Em relação a A. salina, a fase hidroalcoólica apresentou a maior toxicidade (CL50, 1,33 mg/mL) e o extrato etanólico bruto foi o menos tóxico (CL50_ 4,81 mg/mL). No ensaio de células L929, a fase de diclorometânica foi a mais tóxica (95,48% de redução na viabilidade celular; LC50, 11,39 µg/mL), enquanto a fase hidroalcoólica foi a menos tóxica (porcentagem de morte celular, 55,67-19,38 %; LC50, 174,20 µg/mL). O estudo fitoquímico indicou a provável presença de alcalóides, cumarinas, saponinas, triterpenos/ esteróides e taninos. A análise por GC-MS identificou a presença de terpenóides e um derivado de licopsamina (alcalóide pirrolizidínico). Conclusão: Esses resultados sugerem que o extrato etanólico de A. fastigiatum possui constituintes (ou seja, compostos fenólicos) que corroboram seu uso na medicina popular como agente antiinflamatório. No entanto, a toxicidade detectada e a presença da 3'-acetil licopsamina (um marcador quimiotaxonômico do gênero, que é hepatotóxico) indicam que essa planta medicinal deve ser usada com cautela.