RESUMO Introdução a mielopatia cervical degenerativa (MCD) é uma das causas mais comuns de disfunção medular em adultos. Os pacientes em geral apresentam declínio neurológico lento e progressivo, ou deterioração escalonada. No presente artigo, discutimos os mais importantes fatores envolvidos no manejo da MCD, incluindo considerações sobre os aspectos relacionados à escolha da abordagem cirúrgica. Método realizou-se extensa revisão da literatura de artigos peer-reviewed relacionados ao tema. Resultados embora o diagnóstico seja realizado clinicamente, a ressonância magnética (RM) é o estudo de imagem de escolha para confirmá-lo e excluir eventuais diagnósticos diferenciais. A gravidade do quadro clínico pode ser avaliado utilizando-se diferentes escalas, como a modified Japanese Orthopedic Association (mJOA) ou a de Nürick, provavelmente as mais comuns. Uma vez que a melhora clínica espontânea é rara, a cirurgia é a principal forma de tratamento, em uma tentativa de evitar dano neurológico adicional ou deterioração e, potencialmente, aliviar alguns sintomas e melhorar a função dos pacientes. Abordagens cirúrgicas por via anterior, posterior ou combinada podem ser usadas para descomprimir o canal, concomitantemente a técnicas de fusão. A escolha da abordagem depende das características dos pacientes (número de segmentos envolvidos, local de compressão, alinhamento cervical, cirurgias prévias, qualidade óssea, presença de instabilidade, entre outras), além da preferência e experiência do cirurgião. Conclusão os cirurgiões de coluna devem compreender as vantagens e desvantagens de todas as técnicas cirúrgicas para escolher o melhor procedimento para seus pacientes. Estudos futuros comparando as abordagens são necessários para orientar o cirurgião quando múltiplas opções forem possíveis.
SUMMARY Introduction Degenerative cervical myelopathy (DCM) is the most common cause of spinal cord dysfunction in adult patients. Patients generally present with a slow, progressive neurological decline or a stepwise deterioration pattern. In this paper, we discuss the most important factors involved in the management of DCM, including a discussion about the surgical approaches. Method The authors performed an extensive review of the peer-reviewed literature addressing the aforementioned objectives. Results Although the diagnosis is clinical, magnetic resonance imaging (MRI) is the study of choice to confirm stenosis and also to exclude the differential diagnosis. The severity the clinical symptoms of DCM are evaluated by different scales, but the modified Japanese Orthopedic Association (mJOA) and the Nürick scale are probably the most commonly used. Spontaneous clinical improvement is rare and surgery is the main treatment form in an attempt to prevent further neurological deterioration and, potentially, to provide some improvement in symptoms and function. Anterior, posterior or combined cervical approaches are used to decompress the spinal cord, with adjunctive fusion being commonly performed. The choice of one approach over the other depends on patient characteristics (such as number of involved levels, site of compression, cervical alignment, previous surgeries, bone quality, presence of instability, among others) as well as surgeon preference and experience. Conclusion Spine surgeons must understand the advantages and disadvantages of all surgical techniques to choose the best procedure for their patients. Further comparative studies are necessary to establish the superiority of one approach over the other when multiple options are available.