Resumo A reflexão proposta neste artigo incide sobre a questão das redes da literatura em portunhol e outras línguas, nas obras Triple frontera dreams (2012) do escritor brasileiro Douglas Diegues, Xirú (2010) do paraguaio Damián Cabrera e Viralata (2015) do uruguaio Fabián Severo. Ao pensar como alguns escritores latino-americanos compartilham a experiência do espaço de fronteira, o portunhol e as línguas de fronteira como expressão literária, a publicação de suas obras nas duas primeiras décadas do século XXI e a edição independente delas, além da sua atuação nas redes sociais, a análise pretende abordar quais mecanismos tais autores acionam para criar suas narrativas como um lugar de fala, sem configurar um discurso da imanência nem da transcendência, mas buscando modos de articulação da singularidade que se caracterizem pela noção de “comunidade de existência”. A fronteira se caracteriza pela relação, seja de libertação ou de dominação, é um espaço praticado e assinalado pela pluralidade, que se manifesta como tensão social da convivência em Damián Cabrera, como melancolia de um sentido ausente, convertido em palavras e memórias inventadas em Fabián Severo, ou como gozo do presente pelo delírio em Douglas Diegues. Uma comunidade de existência que se manifesta na expressão desses escritores de fronteira, formando-se pelo contato e pela articulação de suas redes literárias.
Abstract The reflection proposed in this article focuses on the issue of literature networks in Portunhol and other languages, in the books Triple frontera dreams (2012) by Brazilian writer Douglas Diegues, Xirú (2010) by Paraguayan Damián Cabrera and Viralata (2015) by Uruguayan Fabián Severo. By considering how some Latin American writers share the experience of the border space, the use of Portunhol and border languages as a literary expression, the publication of their works in the first two decades of the 21st century and their independent editing, in addition to their social media presence, the analysis aims at addressing what mechanisms such authors activate in order to create their narratives as a locus of ennunciation, without configuring a discourse of immanence or transcendence, but seeking ways to articulate the singularity that are characterized by the notion of "community of existence". The border is characterized by a relationship of either liberation or domination, and it is a space practiced and marked by plurality, which manifests itself as social tension of coexistence in Damián Cabrera, as melancholy of an absent meaning converted into words and invented memories in Fabián Severo, or as enjoyment of the present via delirium in Douglas Diegues. It is a community of existence that manifests itself in the expression of these frontier writers, formed by the contact and articulation of their literary networks.
Resumen La reflexión propuesta en este artículo se centra en el tema de las redes de la literatura en portuñol y otras lenguas, en las obras Triple frontera dreams (2012) del escritor brasileño Douglas Diegues, Xirú (2010) del paraguayo Damián Cabrera y Viralata (2015) del uruguayo Fabián Severo. A partir de cómo algunos escritores latinoamericanos participan de la experiencia del espacio fronterizo, el portuñol y las lenguas de frontera como expresión literaria, la publicación de sus obras en las primeras dos décadas del siglo XXI y su edición independiente, además de su actuación en las redes sociales, el análisis pretende abordar qué mecanismos utilizan estos autores para crear sus narrativas como un lugar de habla, sin configurar un discurso de inmanencia o trascendencia, sino buscando formas de articular la singularidad que se caracteriza por la noción de "comunidad de existencia". La frontera se caracteriza por la relación, ya sea de liberación o dominación, es un espacio practicado y marcado por la pluralidad, que se manifiesta como tensión social de convivencia en Damián Cabrera, como melancolía de un sentido ausente, convertida en palabras y recuerdos inventados en Fabián Severo, o como disfrute del presente por el delirio en Douglas Diegues. Una comunidad de existencia que se manifiesta en la expresión de estos escritores fronterizos, formada por el contacto y la articulación de sus redes literarias.