Resumo Objetivo: Analisar o processo de inserção profissional de egressos dos cursos de Administração e Administração Pública no Brasil, com idades entre 18 e 36 anos, formados a partir de 2011. Originalidade/valor: Como principal contribuição do estudo, é possível destacar o contingente de profissionais bem qualificados em situação de desemprego, em trabalhos informais e muitas vezes subocupados, dando indícios à ampliação de uma inserção não qualificante no trabalho. Assim, como um problema generalizado, que perpassa diferentes idades, classes, gêneros e cores/raças/etnias, esse agravante no mercado laboral recai, principalmente, sobre os indivíduos com ensino superior, os quais mostram o enfrentamento de uma condição de trabalho aquém de suas competências e sua escolaridade. Design/metodologia/abordagem: Este estudo tem enfoque quantitativo, não probabilístico, não experimental, transversal e descritivo. A coleta teve início em setembro de 2018 e término em novembro de 2018. Após os cortes, a amostra foi de 847 casos divididos por regiões, sendo: 344 do Sudeste, 244 do Sul, 163 do Nordeste, 56 do Centro-Oeste e 40 do Norte. Resultados: Destaca-se nos resultados que 73% dos respondentes não passaram mais de um ano para se inserir profissionalmente, 20% dos egressos encontram-se em cargos com requisitos de escolaridade inferiores à graduação, e 16,6% não estão trabalhando. Além disso, apesar de bem qualificados, os profissionais investigados compartilham de um cenário ocupacional estruturalmente fragilizado, principalmente em relação aos tipos de vínculos laborais praticados, independentemente de suas características sociodemográficas.
ABSTRACT Purpose: To analyze the professional insertion process of Administration and Public Administration course graduates in Brazil, with ages ranging from 18 to 36, who graduated after 2011. Originality/value: As the main contribution of the study, it is possible to highlight the contingent of well-qualified professionals that are unemployed or in informal and often underoccupied jobs, indicating the expansion of non-qualifying job insertion. Thus, as a widespread problem which cuts across different ages, classes, genders, races, and ethnicities, this aggravating factor in the labor market falls mainly on individuals with higher education that are working jobs below their skill and education levels. Design/methodology/approach: This study has a quantitative, non-probabilistic, non-experimental, transversal, and descriptive approach. Data collection began in September 2018 and ended in November 2018. The sample consisted of 847 cases, divided by regions: 344 from Southeast, 244 from South, 163 from Northeast, 56 from Midwest, and 40 from North. Findings: It is worth noting that 73% of the respondents did not spend more than one year to professionally enter into the labor market, 20% of graduates are in positions with less than undergraduate education requirements, and 16.6% are not working. In addition, despite being well qualified, the investigated professionals share a structurally fragile occupational scenario, especially about the types of employment contracts practiced, regardless of their sociodemographic characteristics.