Abstract Walter Benjamin published his influential essay ‘Critique of Violence’/‘Zur Kritik der Gewalt’ in 1921, and the work has troubled and provoked thinkers across disciplines for over a century now. This Forum gathers a group of scholars in philosophy, political science, international relations and legal studies to reflect on the actuality of Benjamin’s essay for contemporary critical theory. In Part II of the Forum, Aggie Hirst, Tom Houseman, and Vinícius Armele draw on Benjamin to analyse what remains of European colonialism. Hirst and Houseman interrogate the extent to which Walter Benjamin’s notion of divine violence may be useful in the service of decolonial struggle. Insofar as it is antithetical to the colonial order – which is inaugurated and reproduced by the law making and law preserving functions of mythic violence – divine violence appears to open a space for conceptualising a far-reaching challenge to the violence encrypted in that order that is ‘lethal without spilling blood’. Because the exercise of such ‘power over all life’ is exercised ‘for the sake of living,’ Benjamin argues, its accompanying sacrifices are acceptable. Drawing on postcolonial and decolonial theory, Hirst and Houseman offer a critique of the ‘God’s-eye view’ inherent to any claim to divine violence. Benjamin’s text can generate powerful insights into the nature and limits of decolonial struggles, but it ultimately fails in providing an alternative to the mythic violence it criticises, by reproducing – at the heart of the emancipatory concept of divine violence – a problematic impersonation of a divine authorial voice that is already a trope of coloniality. Armele’s reflection seeks to recover ancient tragedy’s role of reluctance toward the previously unquestionable power of the violence of mythical destiny. Resume Benjamin’s contributions on (1) melancholy and Romanticism, which represents the revolt of repressed, channelled and deformed subjectivity and affectivity, and (2) the criticism of the violence that is established in the manifestation of its ethical relations between law [Recht] and justice [Gerechtigkeit], Armele reveals the intertwining of the experience of historical time and the orientation of current political struggles. Inspired by Benjamin, he examines the action of the Black Lives Matters movement in Bristol, UK, which toppled a statue of the slave trader Edward Colston, and threw it in the city’s harbour, reopening a historical wound of colonialism and national memory. Critique Violence/‘Zur ViolenceZur Violence /‘Zur Zur Gewalt 1921 now philosophy science Benjamins s theory struggle farreaching far reaching lethal blood. blood . blood’ life living, living argues acceptable ‘Godseye Godseye ‘God eye God view struggles criticises coloniality Armeles tragedys tragedy destiny 1 (1 Romanticism repressed affectivity 2 (2 Recht [Recht Gerechtigkeit, Gerechtigkeit , [Gerechtigkeit] Bristol UK Colston citys city harbour memory 192 ( [Gerechtigkeit 19
Resumo Walter Benjamin publicou seu influente ensaio “Crítica da Violência”/ “Zur Kritik der Gewalt” em 1921, e o trabalho tem incomodado e provocado pensadores de várias disciplinas por mais de um século. Este Fórum reúne um grupo de estudiosos em filosofia, ciência política, relações internacionais e estudos jurídicos para refletir sobre a atualidade do ensaio de Benjamin para a teoria crítica contemporânea. Na Parte II do Fórum, Aggie Hirst, Tom Houseman e Vinícius Armele baseiam-se em Benjamin para analisar o que resta do colonialismo europeu. Hirst e Houseman interrogam até que ponto a noção de violência divina de Walter Benjamin pode ser útil ao serviço da luta descolonial. Na medida em que é antitética à ordem colonial – que é inaugurada e reproduzida pelas funções de criação e preservação da lei da violência mítica – a violência divina parece abrir um espaço para conceituar um desafio abrangente à violência criptografada nessa ordem que é ‘letal sem derramar sangue’. Como o exercício de tal ‘poder sobre toda a vida’ é exercido ‘em nome da vida’, argumenta Benjamin, seus sacrifícios acompanhantes são aceitáveis. Baseando-se na teoria pós-colonial e descolonial, Hirst e Houseman oferecem uma crítica da ‘visão de Deus’ inerente a qualquer reivindicação de violência divina. O texto de Benjamin pode gerar insights poderosos sobre a natureza e os limites das lutas descoloniais, mas acaba falhando em fornecer uma alternativa à violência mítica que critica, reproduzindo – no coração do conceito emancipatório de violência divina – uma problemática imitação de uma voz autoral divina que já é um tropo da colonialidade. A reflexão de Armele busca recuperar o papel da tragédia antiga de relutância em relação ao poder anteriormente inquestionável da violência do destino mítico. Retoma as contribuições de Benjamin sobre (1) melancolia e Romantismo, que representa a revolta da subjetividade e afetividade reprimidas, canalizadas e deformadas, e (2) a crítica da violência que se estabelece na manifestação de suas relações éticas entre lei [Recht] e justiça [Gerechtigkeit], Armele revela o entrelaçamento da experiência do tempo histórico e a orientação das lutas políticas atuais. Inspirado por Benjamin, ele examina a ação do movimento Black Lives Matters em Bristol, Reino Unido, que derrubou uma estátua do comerciante de escravos Edward Colston e a jogou no porto da cidade, reabrindo uma ferida histórica do colonialismo e da memória nacional. Crítica Violência/ Violência / Violência” Zur Gewalt 1921 século filosofia política contemporânea baseiamse baseiam europeu descolonial letal sangue. sangue . sangue’ vida vida, , aceitáveis Baseandose Baseando póscolonial pós visão Deus descoloniais critica colonialidade mítico 1 (1 Romantismo reprimidas deformadas 2 (2 Recht [Recht Gerechtigkeit, Gerechtigkeit [Gerechtigkeit] atuais Bristol Unido cidade nacional 192 ( [Gerechtigkeit 19