Resumo O cacau da Indonésia é mais barato e geralmente considerado de segunda qualidade. No entanto, a indústria do chocolate não está bem desenvolvida em razão do consumo interno significativamente baixo. Para lidar com essas questões, a inovação de produtos por meio da melhoria de processos técnicos é necessária para estimular a indústria de chocolate na Indonésia. O objetivo desta pesquisa foi investigar o efeito da origem da amêndoa do grão de cacau e do tempo de conchagem nas propriedades físico-químicas (teor de umidade, textura, cor e gordura total, entalpia de fusão) e na microestrutura do chocolate. O experimento foi conduzido usando um delineamento de blocos inteiramente casualizados com planejamento fatorial, consistindo em dois fatores: origem do grão de cacau (100% de grãos fermentados de cacau de Jember, 100% de grãos fermentados de cacau do sudeste de Sulawesi, 50% de grãos fermentados de cacau de Jember + 50% de grãos não fermentados de cacau do sudeste de Sulawesi e 50% de grãos fermentados de cacau do sudeste de Sulawesi + 50% de grãos não fermentados de cacau do sudeste de Sulawesi) e tempo de conchagem (4, 6 e 8 horas). Os resultados mostraram que a origem do grão de cacau afetou significativamente a dureza, a gomosidade e a cor, incluindo o nível de vermelhidão e amarelecimento, enquanto o tempo de conchagem afetou o teor de umidade, dureza, coesividade, elasticidade e gordura total. Os resultados de Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC) mostraram que o chocolate com 100% de grãos fermentados de cacau de Jember tem valor de Tonset, ΔHmelt e a área superiores ao chocolate com 100% de grãos fermentados de cacau de sudeste de Sulawesi, enquanto o chocolate com 100% de grãos fermentados de cacau do sudeste de Sulawesi apresentou valores maiores de Tpeak and Tend. A Microscopia Eletrônica de Varredura (SEM) indicou uma distribuição de partículas sólidas e densas com interação cristalina com estruturas de chocolate.
Abstract Indonesian cocoa is cheaper and considered second grade compared with most other cocoa. However, the domestic chocolate industry is not well-developed due to significantly low consumption. To cope with these issues, product innovation through technical process improvement is required to stimulate the domestic chocolate industry. This study aimed to investigate the effect of cocoa bean origin and conching time on the physicochemical (water content, texture, color, crude fat content, and melting enthalpy) and microstructural properties of chocolate. The experiment was conducted under a completely randomized factorial design consisting of two factors: cocoa bean origin (100% fermented cocoa beans from Jember, 100% fermented cocoa beans from Southeast Sulawesi, 50% fermented cocoa beans from Jember + 50% non-fermented cocoa beans from Southeast Sulawesi, and 50% fermented cocoa beans from Southeast Sulawesi + 50% non-fermented cocoa beans from Southeast Sulawesi) and conching time (4, 6 and 8 h). The results showed that cocoa bean origin significantly affected the hardness, gumminess and color of chocolate, including the redness and yellowness level, whereas conching time affected water content, hardness, cohesiveness, elasticity, and crude fat content. Differential scanning calorimetry (DSC) analysis showed that the treatment with 100% fermented cocoa beans from Jember presented higher values of Tonset, ΔHmelt and area compared with those of the treatment with 100% fermented cocoa beans from Southeast Sulawesi, which presented higher values of Tpeak and Tend. Scanning Electron Microscopy (SEM) analysis showed a distribution of solid and dense particles with crystal interaction with chocolate structures.