Foi avaliada a manutenção da qualidade pós-colheita dos frutos em cultivares brasileiras de goiabeira-serrana. Frutos das cultivares Alcântara, Helena, Mattos e Nonante foram colhidos na maturação comercial, no município de São Joaquim-SC, e armazenados a 4±1 ºC (90±5% UR), durante 21 dias, seguido de 8 e 48 h a 23±1 ºC (75±5% UR). Foram avaliadas a composição mineral (N, K, Mg e Ca) na colheita e a qualidade dos frutos na colheita e após o armazenamento. Frutos da cultivar Nonante apresentaram na colheita maiores valores de acidez titulável (AT) pH e de atributos de textura, e menores valores de pH e da relação sólidos solúveis/acidez titulável (SS/AT), sendo que, após o armazenamento refrigerado, este comportamento foi reduzido, com menores diferenças em relação às demais cultivares. Frutos de 'Nonante' apresentaram também maiores teores de K na casca e polpa, e menores teores de N na polpa e, após o armazenamento refrigerado, cor verde menos intensa na casca e menor escurecimento de polpa. Em relação aos dados de colheita, após o armazenamento refrigerado, houve maior redução na AT (41%) do que no teor de SS (8,6%), o que ocasionou acentuado aumento na relação SS/AT (52,5%), considerando valores médios das quatro cultivares. Isto evidencia que, em goiaba-serrana, os ácidos orgânicos representam o principal substrato respiratório durante o armazenamento, o que compromete a qualidade sensorial pelo aumento na relação SS/AT. Frutos de 'Alcântara' foram também avaliados quanto aos efeitos do dano mecânico na colheita e do retardo no armazenamento refrigerado, na qualidade após o armazenamento. O dano mecânico na colheita (dano por queda, a uma altura de 50 cm, sobre uma superfície rígida) ocasionou mínimo comprometimento da qualidade após o armazenamento refrigerado. Frutos desta cultivar apresentaram redução na AT (31%), textura da periderme (33%) e força para a compressão (13%), e aumento no pH (20%) e na relação SS/AT (48%), com o retardo no armazenamento refrigerado (de 0h para 48h a 18±2 ºC/70±5% UR).
This study was carried out to assess the postharvest quality preservation of the fruit in Brazilian cultivars of feijoa. Fruit of cultivars Alcântara, Helena, Mattos and Nonante were harvest at commercial maturity, in São Joaquim, southern Brazil, and cold stored at 4±1 ºC (90±5% RH), during 21 days, followed by 8 and 48 h at 23±1 ºC (75±5% RH). Fruit mineral content (N, K, Mg and Ca) was assessed at harvest, and fruit quality was assessed at harvest and after cold storage. At harvest, fruit of 'Nonante' had higher values of titratable acidity (TA), and texture attributes, and lower values of pH and soluble solids content/titratable acidity ratio (SSC/TA) than fruit of the other three cultivars. However, after cold storage, these differences were less expressive. Fruits of 'Nonante' had higher contents of K in the peel and flesh tissues, lower content of N in the flesh, and less intense green color of the peel and internal browning after cold storage, than fruit of the other three cultivars. In comparison to fruit quality assessed at harvest, following cold storage, there was a higher reduction of TA (41%) than of SSC (8.6%), with a resulting increase of the SSC/TA ratio (52.5%), in an average for all cultivars. Therefore, organic acids are the main substrates used by respiration during storage in feijoa, and this might impair fruit sensory quality by increasing the SSC/TA ratio. Fruit of 'Alcântara' were also assessed for the effects of mechanical damage at harvest and cold storage delay on postharvest quality. The mechanical damage at harvest (by impact, with a 50 cm height drop of the fruit on a rigid surface) had minimal impairment of fruit quality after cold storage. Delaying the cold storage (from 0h to 48h, at 18±2 ºC/70±5% RH) after harvest of 'Alcântara' reduced TA (31%), periderm texture (33%) and fruit compression force (13%), and increased pH (20%) and SSC/TA ratio (48%) during cold storage.