RESUMO Este é um artigo-encontro, um artigo-diálogo entre dois professores-pesquisadores e dois artistas dedicados à performance e que também têm a universidade como espaço de experimentação: Sara Panamby e Filipe Espindola. Neste encontro, tentamos traduzir em palavras os afetos-ensinamentos das experiências limites do casal. A pergunta sobre o que é a performance, e especificamente as experiências criadas pelos performers conduziram-nos a exemplos das dores e amarras que condicionam nossos corpos, violências biopolíticas em algumas das suas dimensões, mas também às forças, às dores de libertação e às delícias que podemos produzir para escapar à jaula afetiva e sensório-motora que nos coloniza. Descolonização dos corpos de toda a violência, mas também intercolonização que fez de todos nós outros ali: aprendizado que só pôde acontecer por uma certa violência, espanto e maravilhamento.
ABSTRACT This is a meeting-article, a dialogue-article between two teachers-searchers and two artists dedicated to the performance and who also have the university as a space of experimentation: Sara Panamby and Filipe Espindola. In this meeting we tried to translate in words the teaching/affections of the couple's experiences. The question about what the performance is, and specifically the experiences created by the performers, led us to examples of the pains and moorings which condition our bodies, bio-political violences in some of their dimensions, but also to the strengths, to the pains of freedom and to the delights that we can produce to escape from the affective and sensory-motor cage that colonizes us. Decolonization of the bodies from all the violence, but also cross-colonization that makes all of us others there: a learning that could only happen because of a certain violence, astonishment, and amazement.
RÉSUMÉ Il s'agit d'un article-rencontre, un article-dialogue entre deux professeurs/chercheurs et deux artistes dédiés à la performance et qui ont aussi l'université comme un lieu d'expérimentation: Sara Panamby et Filipe Espindola. Lors de cette rencontre, nous avons essayé de mettre en mots les affects-apprentissages des expériences limites du couple. La question sur ce qu'est la performance, et en particulier les expériences qu'ils ont créées, nous ont conduits à des exemples des maux et des chaînes qui conditionnent nos corps, les violences biopolitiques dans certaines de ses dimensions, mais, aussi aux forces, aux douleurs de libération et aux plaisirs que nous pouvons produire pour échapper à la cage affective et sensori-motrice qui nous colonise. La décolonisation des corps de toutes les violences, mais aussi l'intercolonisation qui nous a fait devenir les autres là: un apprentissage qui ne peut arriver que par une certaine violence, étonnement et émerveillement.