O artigo apresenta uma reflexão sobre o lobby e o interesse público. A partir do pluralismo - entendido como uma tradição de pensamento e ao mesmo tempo um conjunto de valores públicos que implicam respeito, diversidade e tolerância -, discute o lobby como uma forma de exercício da política pluralista, mas que acarreta graves desequilíbrios na representação política. O artigo compara também as tradições anglo-saxônica do "interesse público" e francesa do "intérêt géneral" como duas filosofias contrastantes do bem comum. Na parte final, trata dos grupos de interesse público, ou lobbies de cidadãos, como um acréscimo recente ao arsenal da política pluralista. Conclui questionando se, e em que medida, esses grupos podem constituir um antídoto ao impacto fragmentador da prática do lobby e da representação "privada".
The article focuses on lobbying and public interest. Starting from pluralism - as a tradition of thought and as a set of public values implying respect, diversity and toleration - the article analyses lobbying as a major form of pluralist politics, that however, leading to severe imbalances in political representation. It also breafly compares the Anglo-Saxon tradition of "public interest" and the French ideology of "general interest", as two contrasting philosophies of common welfare. In the last part, it considers the public interest groups or citizens' lobbies a relatively recent addition to the arsenal of pluralist politics. It concludes by questioning if, and to what extent, these groups may constitute an antidote to the fragmenting impact of lobbying and "private" representation.
Cet article analyse le lobby et l'intérêt publique. A partir du pluralisme - considéré comme une tradition de pensée et comme un ensemble de valeurs sous-entendant le respect, la diversité et la tolérance des opinions - l'article analyse le lobby en tant que une politique pluraliste, cependant sujette à de graves déséquilibres en matière de représentation politique. Il compare également les traditions anglo-saxonnes d' "intérêt publique" et la ideologie française d' "intérêt général" comme étant deux philosophies contrastantes du bien commun. Dans la partie finale, il considère les groupes d'intérêts publique, ou lobbies de groupes de citoyens, comme étant un apport à l'arsenal politique pluraliste. Il conclut en se demandant si, et dans quelle mesure, ces groupes pourraient constituer un antidote à l'impact fragmentaire de la pratique du lobby et des intérêts "particuliers".