Algumas regiões citrícolas, especialmente no continente europeu, ainda não foram, ao que parece, atingidas pela moléstia tristeza dos citros. Os conhecimentos adquiridos durante as investigações feitas sôbre a moléstia permitem indicar como identificá-la e prevenir suas desastrosas conseqüências nos laranjais. Os sintomas gerais nas plantas afetadas são semelhantes aos causados pela podridão do pé (gomose), podendo-se distinguí-la da tristeza examinando as raízes. Há combinações cavalo-enxêrto tolerantes e não tolerantes ao vírus. É, porisso, muito importante o reconhecimento da espécie cavalo, o que se pode fazer no pomar examinando a sua brotação ou observando o grau de congenialidade entre cavalo e enxerto. O teste colorimétrico feito com a casca da raiz também auxilia o reconhecimento. Os sintomas chamados "pitting" das limas ácidas e pomelos, permitem identificação da tristeza no pomar. O teste de Schneider, Wallace & Dimitan combinado com observações de campo, pode substituir, nas regiões onde a moléstia já foi constatada, os testes de transmissibilidade, mais rigorosos porém demorados, feitos no viveiro ou em estufas. A transmissão por enxertia ou por insetos vetores é feita da planta suspeita para plantas sadias de combinações não tolerantes ao vírus (laranjeira doce sobre azeda) ou para pés francos do limoeiro galego. É de interesse conhecer qual a estirpe do vírus predominante na região, para orientação dos citricultores quanto aos métodos de contrôle da moléstia. A identificação da espécie de afídios predominante na região permite prever a velocidade da disseminação da tristeza, porquanto umas são vetores muito eficientes, outras pouco. O contrôle da tristeza é obtido por métodos indiretos. Nas novas plantações evitam-se as combinações não tolerantes, empregando-se como variedade-cavalo as laranjeiras doces, as tangerineiras, os limoeiros Cravo (Rangpur) e Rugoso. Ãs vezes é possível o emprego de pés francos provenientes dos embriões nucelares. Nas plantações já existentes pode-se fazer a substituição total ou parcelada (individual) das plantas, conforme se constate predominância de afídios muito ou pouco eficientes e de estirpes fortes ou fracas do vírus. A sub-enxertia ("inarching"), a sôbre-enxertia ("topworking") e o afrancamento do enxerto são outras tantas modalidades de controle da tristeza, as quais podem ser vantajosamente empregadas em determinadas condições. Medidas de quarentena podem retardar a invasão das zonas ainda livres da tristeza, -sendo de interesse o esclarecimento do público quanto ao perigo representado pela importação de plantas ou suas partes vivas, exceto as sementes.
The tristeza disease of citrus has not yet been reported from European countries nor from various other citrus growing areas of the world. Investigations on the disease have been carried out in various countries, such as Argentina, Australia, Brazil, South Africa, and United States. Knowledge obtained from these investigations enables citrus experts from areas not invaded by tristeza to recognize its presence in the orchards and to prevent disastrous losses for the industry. General decline symptoms of tristeza resemble those caused by foot rot, but root examination permits the differentiation of the two diseases. Presence of pitting symptoms in trees of West Indian limes or of grapefruits permits easy diagnosis of tristeza in the orchards. Stock-scion combinations may be tolerant or intolerant to tristeza. Thus, it be comes important to determine the rootstock in case of plants showing decline symptoms. This fact can be established by direct examination of sprouts from the rootstock or by observing the degree of congeniality of rootstock and scion. The colorimetric tests made with bark of the rootstock may help to determine it. Field observation of symptoms complemented by Schneider's histological tests may replace the transmission tests for field surveys of the disease in areas where tristeza is already known to be present. Transmission tests are usually carried out by methods of tissue union or by means of the vectors. Young plants of non-tolerant combinations (such as sweet orange on sour orange rootstock) or seedlings of West Indian limes may be used as test plants in these tests. A knowledge of the predominance of the various strains of the tristeza virus complex in the invaded areas is very important in regard to the application of control measures. Also the determination of the aphid vector or vectors in the areas concerned will permit forecasting the rate of spread of tristeza because efficiency varies considerably according to the vector species. Control of tristeza in citrus orchards is obtained by indirect methods. In new plantings made in invaded areas, non-tolerant stock-scion combinations should be avoided. Only tolerant rootstocks such as sweet oranges, mandarins, rangpur lime, and rough lemons should be used for most commercial tops. In some instances it may be possible to use unbudded trees originated from nucellar embryos. In established orchards, where a non-tolerant rootstock was employed, individual affected trees may be replaced or the whole planting may be interplanted with trees of a tolerant stock-scion combination. The first method is used in areas where the disease is disseminated by a poor vector, whereas the second method is more advisable in areas where spread of the disease is very rapid. Inarching or rooting the scion (by mounding the soil around its base) are used to control tristeza under some conditions. Top working with lemon may also be used. Quarantine barriers may prevent the introduction of tristeza in uninvaded areas. It is highly desirable to inform travellers about the risk represented by the introduction of citrus budwood material or cuttings from areas where the disease is known to be present.