Este artigo discute as contraposições de autores no que se refere à produção do conhecimento e sua disseminação em contextos caracterizados como modernos ou pós-modernos, trazendo uma reflexão sobre questões ligadas aos saberes e à pesquisa em educação. Mostra que o emprego dos termos pós-modernidade e pós-moderno não encontra consenso entre os que se preocupam com a compreensão do momento histórico contemporâneo em suas diferentes manifestações. A posição assumida nessa discussão é a de que se está em transição: não se saiu totalmente das asas da modernidade e nem se está integralmente em outra era. Discute-se, então, a presença, na reflexão e na pesquisa em educação, de algumas perplexidades diante de movimentos sociais complexos que têm sido historicamente construídos, debatendo-se sobre o que conservar na educação, que modismos evitar, quais valores, práticas e identidades são, em princípio, dignos de respeito e por que, entre tantas questões. Mostra-se que a forma de tratar os problemas e analisá-los tem mudado. Num período de transição, em que estruturações e desestruturações, normatizações e transgressões imbricam-se dialeticamente, colocam-se desafios consideráveis à pesquisa em educação, para que se compreeenda a tessitura das relações no ensinar e no aprender, bem como a heterogeneidade contextual em que tais relações ocorrem.
This article discusses the positions of authors in relationship to the production of knowledge and its dissemination in contexts characterized as moderns or post-moderns, leading to think about knowledge and educational research. In order to do so, it will demonstrate that the use of terms such as post-modernity or post-modern do not find any consensus among those who are concerned with the understanding the various manifestations of contemporary historical moment. The position here adopted asserts that this is a transitional period, not yet freed from modernity, not yet fully integrated into another era. It is discussed, then, the perplexities both in the thinking and in the educational research in face of historically constructed complex social movements, debating what to preserve in education, what to avoid, which values, practices and identities are, in principle, good enough to be preserved and the reasons for doing so, among other similar questions. Also, it is shown that the form through which problems are placed and analysed is changing. In a transitional period, where things are constructed and deconstructed, normalized and transgressed, but always dialectically interweaved, considerable challenges face educational research so to understand the structure of the relations in teaching and learning, as well as the contextual heterogeneity where these relations are woven.