This experiment was carried out to evaluate the quality of the rabbit skins in different parts and orientations of the surface, submitted at different time of processing. The rabbits were slaughtered with 70 days of age and forty skins were used. It was used a completely randomized design in a 2 x 4 factorial treatment, being in two times of processing (T1= regular time and T2= continuous time) and four positions of cut in the skin (P1= fore longitudinal and P2= fore transversal; P3= hind longitudinal and P4= hind transversal). The steps of the tanning process were soaking, fleshing, liming (3% of sodium sulphide and 4% of lime), alkaline products remotion, purge, degrease, pickling, tanning (6% of chrome salts), neutralization, retanning (4% of chrome salts), dying, grease (6% of sulfacant oils), dryness and softening. The thickness of the rabbit skins was significantly higher (p<0.05) when the continuous time technique was used (1.03 mm). The time of tanning gave different values of traction in all positions of the samples, except for the fore transversal. The hind region regardless of the time showed a less resistant skin to traction (regular time= 6.01 N/mm² and continuous time= 3.54 N/ mm²). The fore region regardless if it is a longitudinal way (37.28 N/mm) or transversal (35.71 N/mm), showed a higher resistance to tearing compared to the hind region (longitudinal= 26.78 N/mm and transversal= 25.94 N/mm) in regular time. The technique used in the regular time tanning offered a less elasticity to the rabbit skin in relation to the continuous time. The skins must be tanning by regular time because offer more resistance to traction and superior tearing than skins tanned by continuous time. The fore region showed more resistance than hind region for progressive tearing in all times of tanning. The skins of the hind longitudinal region regardless of the time showed a less resistant to traction. The regular time of tanning gave skins with less elasticity, but for progressive tearing and stretching test, the values are in the pattern for be used in clothing manufacturing, according to BASF (2005).
O experimento foi conduzido para avaliar a qualidade dos couros de coelhos em diferentes partes da superfície e orientações, submetidos a dois diferentes tempos de processamento. Foram utilizadas 40 peles de coelhos, da raça Nova Zelândia Branco, abatidos aos 70 dias de idade. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado em esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas os tratamentos (T1= tempo normal; T2= tempo contínuo) e nas subparcelas as posições de corte no couro (P1= anterior longitudinal; P2 = anterior transversal; P3= posterior longitudinal e P4= posterior transversal), com dez repetições por tratamento. As etapas aplicadas no processo de curtimento foram: remolho, descarne, caleiro (3% de sulfeto de sódio e 4% de cal), desencalagem, purga, desengraxe, píquel, curtimento (6% de sais de cromo), neutralização, recurtimento (4% sais de cromo), tingimento, engraxe (6% de óleos sulfatados), secagem e amaciamento. A espessura dos couros foi maior (p<0,05) quando se utilizou a técnica de curtimento com tempo contínuo (1,03 mm). O tempo de curtimento proporcionou diferentes valores de tração em todas as posições de retirada do corpo de prova, exceto para anterior transversal. A região posterior do couro apresentou menor tração independente do tempo de curtimento (normal= 6,01 N/mm2 e contínuo= 3,54 N/mm²). A região anterior independente da posição (longitudinal= 37,28 N/mm ou transversal= 35,71 N/mm), apresentou maior resistência ao rasgamento comparado a região posterior (longitudinal= 26,78 N/mm e transversal= 25,94 N/ mm) nos couros curtidos com tempo normal. Curtimento em tempo normal proporcionou menor elasticidade aos couros. Os couros devem ser curtidos pelo método com tempo normal de processamento, por proporcionarem maior resistência a tração e rasgamento superiores em relaçao aos curtidos em tempo contínuo. A região anterior apresentou maior resistência comparada a região posterior para rasgamento progressivo, independente do tempo de curtimento utilizado. Os couros na região posterior longitudinal apresentaram menor resistência a tração, independente do tempo de processamento aplicado. Deve-se ressaltar que o curtimento em período normal proporcionou couros com menor elasticidade, mas pelo teste de rasgamento progressivo e alongamento, os valores estão dentro dos padrões exigidos para confecção de vestuários seguindo os valores BASF (2005).