INTRODUÇÃO: A reestenose intrastent (RIS), resultante da excessiva resposta reparadora neointimal após o implante da prótese, é uma das principais limitações da intervenção coronária percutânea. A despeito da eficácia dos stents farmacológicos (SF) de primeira geração no tratamento da RIS, questões relacionadas à segurança e ao perfil de flexibilidade/navegabilidade dessas próteses estimularam o desenvolvimento de novas gerações de SF. O novo SF FirebirdTM (Microport Co. Ltd., Xangai, China) combina uma plataforma de aço inoxidável (316 L) de hastes finas (0,0040 polegada), um potente agente antiproliferativo (sirolimus, na dose de 9 µg/mm²) e um revestimento que inclui três camadas de polímero durável, que controla a liberação do fármaco. Apesar de ser um dos SF mais utilizados na China, pouco se conhece sobre seu desempenho, sobretudo em subgrupos de maior complexidade. MÉTODO: Entre fevereiro e dezembro de 2009, pacientes portadores de lesão reestenótica única, de stents não-farmacológicos, foram submetidos a intervenção coronária percutânea com implante de stent FirebirdTM. Avaliação com angiografia e ultrassom intracoronário (USIC) foi programada para todos os pacientes aos 12 meses de seguimento. O desfecho primário foi a perda luminal tardia (QCA) e o porcentual de obstrução volumétrica intrastent (USIC) aos 12 meses. RESULTADOS: Foram incluídos 25 pacientes com média de idade de 56,8 ± 7,7 anos, 80% dos quais eram do sexo masculino e 40%, diabéticos. A artéria descendente anterior foi o vaso mais frequentemente tratado (44%) e a maioria das lesões era do tipo difuso/proliferativo (64%). Aos 12 meses, a perda luminal tardia foi de 0,3 ± 0,24 mm, não tendo sido identificado nenhum caso de reestenose binária. Ao USIC, o porcentual de obstrução volumétrica intrastent foi de 2,6 ± 1,9%. CONCLUSÃO: Neste estudo unicêntrico, o novo SF FirebirdTM demonstrou resultados angiográficos e ultrassonográficos favoráveis para o tratamento da RIS de stents não-farmacológicos, no acompanhamento de um ano.
BACKGROUND: In-stent restenosis (ISR), resulting from excessive neointimal hyperplasia, is a major limitation of percutaneous coronary intervention. Despite the efficacy of first generation drug-eluting stents (DES) in the treatment of ISR, issues related to the safety and flexibility/navigability profile have encouraged the development of new generations of DES. The new FirebirdTM DES (Microport Co. Ltd., Shanghai, China) combines a stainless steel platform (L316) of fine struts (0,0040'), a powerful anti-proliferative agent (sirolimus, at a dose of 9 µg/mm²) and a coating that includes three layers of a durable polymer, which controls drug release. Though it is a most used DES in China, little is known about its performance, particularly in subgroups of greater complexity. METHOD: Between February and December 2009, patients with single bare metal stent restenotic lesions, were submitted to percutaneous coronary intervention with FirebirdTM stent implantation. Angiography and intravascular ultrasound (IVUS) were scheduled for all patients at 12 months of follow-up. The primary end-point was late loss and the percentage of in-stent volumetric obstruction at 12 months. RESULTS: Twenty-five patients with mean age of 56.8 ± 7.7 years were included, of which 80% were males and 40% diabetics. The anterior descending artery was the most frequently treated vessel (44%) and most lesions had a diffuse/proliferative pattern (64%). At 12 months, late luminal loss was 0.3 ± 0.24 mm, and no case of binary restenosis was identified. IVUS percent volumetric obstruction was 2.6 ± 1.9%. CONCLUSION: In this single center study, the new FirebirdTM DES showed favorable angiographic and IVUS results for the treatment of bare metal ISR at the one year follow-up.