ABSTRACT The article presents a theoretical-methodological proposition aimed at understanding urban dynamics through the incorporation of the narratives of the inhabitants who occupy and produce the spaces of daily life. Critical to the categories, concepts, indicators and indexes of urban planning, architecture and urbanism and especially to the way they are normally used, the article proposes to transform the diagnosis of territory that is part of the current decision-making processes related to the production of the city, into a reading of place that allows for a different language game in the contemporary political arena. In this direction, the article presents the lines of analysis associated with the field observations and literature that come close to the concepts of reading and place in three disciplinary fields - education, human geography and urban design -, linking them to the spheres form in the territory, activity in the territory and sense of the inhabitant. In short, according to a critical approach, in some extent phenomenological, the proposal aims to decrypt the city through a series of lines of analysis that understand the territory from the perspective of those who live and occupy it, leading to a possible disruption of the valued institutional, technical and academic narratives in force.
RESUMO O artigo apresenta proposição teórico-metodológica voltada para a compreensão das dinâmicas urbanas a partir da inserção de narrativas dos moradores que ocupam e produzem os espaços da vida cotidiana. Crítico às categorias, conceitos, indicadores e índices mais habituais do planejamento urbano, arquitetura e urbanismo, o artigo propõe transformar o diagnóstico do território, constituinte dos vigentes processos de tomada de decisão relativos à produção da cidade, em leitura do lugar, possibilitando outro jogo da linguagem a se fazer presente na arena política contemporânea. Nessa direção, o artigo apresenta as linhas de análise atreladas às observações no campo e à literatura que se aproxima aos conceitos de leitura e lugar em três campos disciplinares - educação, geografia humana e o desenho urbano -, articulados com as esferas forma no território, atividade no território e sentido do morador. Em suma, de acordo com uma leitura crítica, em alguma medida fenomenológica, a proposta pretende desencriptar a cidade por meio de um conjunto de linhas de análise que entendem o território a partir do olhar de quem mora e ocupa, fazendo-se emergir uma possível disrupção das valorizadas narrativas institucionais, técnicas e acadêmicas tradicionais.