Abstract: This paper is the result of an ethnographic research of about 7 years with an Esoteric Umbanda terreiro in the city of Belo Horizonte, Minas Gerais. From this experience in front of, with and as a terreiro, surrounded by such a multiple cosmology and given to cosmic encounters, I propose a methodological reflection on the ethnographic practice in this context. Thus, I make considerations about time as a ritual agent in the terreiro and in writing and about the religious initiation process and the research initiation process that affect a neophyte-researcher. Learning from the terreiro how to learn, the objective was to make a research as the religious ritual sessions of Umbanda called gira, which emerges from the encounters between people, guides, mentors, in short, an encounter with ancestry.
Resumo: Este trabalho é resultado de uma pesquisa etnográfica mais ampla, de cerca de 7 anos, com um terreiro de Umbanda Esotérica na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Dessa experiência diante, com e como terreiro, envolta por uma cosmologia tão múltipla e dada aos encontros cósmicos, proponho uma reflexão metodológica sobre o fazer etnográfico neste contexto. Assim, teço considerações sobre o tempo como agente ritual no terreiro e na escrita e sobre o processo iniciático religioso e de pesquisa que afetam uma neófita-pesquisadora, ou pesquisadora-cambona. Aprendendo com o terreiro como se aprende, o objetivo era a feitura de uma pesquisa-gira, que emerge no caminho do encontro entre pessoas, guias, mentores, enfim, um encontro com a própria ancestralidade.