Resumo A urticária crónica espontânea (UCE) é uma dermatose comum e angustiante caracterizada por pápulas pruriginosas, angioedema ou ambos. Atualmente, não existe cura para a UCE e o seu tratamento sintomático é frequentemente insuficiente. O Omalizumab, um anticorpo monoclonal humanizado anti-IgE, continua a ser o único fármaco biológico licenciado para a UCE, quase uma década após a sua aprovação. No entanto, o conhecimento crescente dos mecanismos fisiopatológicos desta doença conduziu a recentes avanços no seu tratamento, com vários fármacos em investigação, tanto em contexto pré-clínico como clínico. Estes incluem medicamentos biológicos, como o dupilumab (anti-IL-4Rα), o secukinumab (anti-IL-17), o tezepelumab (anti-thymic stromal lymphopoietin [TSLP]), o ligelizumab (anti-IgE), o lirentelumab (anti-Siglet 8) e o barzovolimab (anti-cKIT), bem como “pequenas moléculas,” como os inibidores da tirosina quinase de Bruton (BTK) (Remibrutinib) e um antagonista do recetor X2 acoplado à proteína G relacionado com Mas (MRGPRX2). Neste trabalho, revemos as opções terapêuticas atuais e futuras para a UCE, com base no conhecimento atual sobre a patogénese da doença.
Abstract Chronic spontaneous urticaria (CSU) is a common and distressing skin disease characterized by itchy wheals, angioedema, or both. There is currently no cure for CSU and symptomatic treatment is often insufficient. Omalizumab, a humanized anti-immunoglobulin (Ig) E monoclonal antibody, remains the only biological drug licensed for CSU, almost a decade after its approval. However, growing knowledge of the pathophysiological mechanisms of this disease has led to recent advances in its treatment, with several drugs in investigation both in pre-clinical and clinical settings. These include biologicals, such as dupilumab (anti-IL-4Rα), secukinumab (anti-IL-17), tezepelumab (anti-TSLP), ligelizumab (anti-IgE), lirentelumab (anti-Siglet 8), and barzovolimab (anti-cKIT), as well as “small molecules,” such as Bruton tyrosine kinase (BTK) inhibitors (remibrutinib) and a Mas-related G protein-coupled receptor X2 (MRGPRX2) antagonist. Here, we review the current and future therapeutic options for CSU, based on what is known about the pathogenesis of the disease.