Nas últimas décadas, a questão ambiental tem possibilitado maior flexibilidade das escalas espaciais, valendo-se de um forte discurso para agir nos territórios. O Estado vem atuando na organização do espaço, utilizando como justificativa esta questão ambiental, com legislações especificas carregadas de finalidades de ordenação espacial, enquanto também permitem aos municípios ação direta sobre seu espaço na articulação dos interesses mais urgentes na gestão do território. Ao mesmo tempo, como vem ocorrendo nas transformações políticas a partir dos anos de 1990, o poder público firma com o privado alianças estratégicas que têm favorecido, principalmente, o segundo. Este artigo tem como objetivo mostrar como essa questão se apresenta no Programa "Municípios Verdes" (PMV), que teve início no Sudeste paraense em 2008. Os resultados mostram um processo de revalorização econômica do espaço a partir do discurso do "desenvolvimento sustentável".
In recent decades, the environmental issue has led to greater flexibility of spatial scales, using an environmental discourse to intervene on the ground. The State has been organising this space, using the environmental issue as justification, with specific laws containing spatial planning objectives, as well as allowing municipalities to carry out direct action in their territories to deal with the most urgent issues relating to land management. At the same time, as has happened with policy changes since the 1990s, public power has established territorial strategic alliances with the private sector in a way which has mainly favoured the latter. This article aims to show how this issue is dealt with in the Green Municipalities Program, which began in Southeast Pará in 2008. The results show a process of re-harnessing the economic value of the space using the discourse of "sustainable development".
En las últimas décadas, la cuestión ambiental ha permitido una mayor flexibilidad de las escalas espaciales, sustentándose en el discurso ambiental para actuar en los territorios. El estado ha trabajando en la organización de la justificación del espacio utilizando el problema ambiental, desplegando con leyes específicas de ordenamiento del territorio, las que a la vez permiten a los municipios dirigir el accionar en su espacio para así articular los intereses más urgentes en la gestión. Al mismo tiempo, como ha venido ocurriendo con los cambios políticos desde la década de 1970, el gobierno ha sellado alianzas estratégicas con los privados, que han favorecido especialmente a estos últimos. Este artículo tiene por objetivo demostrar cómo esta cuestión se presenta en el Programa "Ciudades Verdes", que comenzó en el sudeste del Estado de Pará en 2008. Los resultados muestran un proceso de modernización económica del espacio desde el discurso del desarrollo sostenible.