ABSTRACT So far, the commercial production of Eremanthus incanus seedlings has been performed with seeds without any genetic control. Thus, we propose two experiments to examine seed-trees' effect on their descendants via the seminal in the nursery phase and verify the correlation between the variables. We installed the first experiment in a greenhouse and evaluated seedling emergence weekly for 42 days. At the exit of the greenhouse, at 60 days, we estimated survival. We conducted the second experiment in a shade house and, later, in full sun. We evaluated seedlings' height, diameter, and survival at 90, 120, 150, and 180 days after sowing. At 180 days, we quantified shoot, root, and total dry matter weight and calculated the Dickson Quality Index (DQI). The effects of E. incanus seed-trees on their descendants via the seminal were significant for emergence, growth characteristics, and seedling quality. The seedling survival rate at the greenhouse exit was high for all seed-trees, ranging from 72.2% to 97.2%. All seed-trees showed greater biomass allocation in the shoots of the seedlings, with this proportion being more pronounced in some of them. Although not significant, the correlation estimates between the emergence rate and the other traits were all positive. The correlations between height, diameter, dry mass, and DQI were significant and positive, from moderate to high magnitude. Due to its nondestructive nature, the diameter can be considered the most suitable practical indicator to evaluate the quality of E. incanus seedlings. Our results substantially contribute to implementing more effective conservation and breeding strategies, helping to understand the behavior of E. incanus in Campos Rupestres environments regarding seedling production and recovery of ecosystem services.
RESUMO A produção comercial de mudas de Eremanthus incanus tem sido realizada, até o momento, com sementes sem nenhum controle genético. Assim, propomos dois experimentos para avaliar o efeito de árvores matrizes sobre suas descendentes por via seminal em fase de viveiro e verificar a correlação entre as variáveis. Instalamos o primeiro experimento em casa de vegetação e avaliamos a emergência das plântulas semanalmente durante 42 dias. Na saída da casa de vegetação, aos 60 dias, avaliamos a sobrevivência. Conduzimos o segundo experimento em casa de sombra e, posteriormente, em pleno sol. Avaliamos a altura, o diâmetro e a sobrevivência das mudas aos 90, 120, 150 e 180 dias após a semeadura. Aos 180 dias, quantificamos o peso de matéria seca da parte aérea, da raiz e total e calculamos o Índice de Qualidade de Dickson (IQD). Os efeitos de matrizes de E. incanus sobre suas descendentes por via seminal foram significativos para emergência e para os caracteres de crescimento e qualidade de mudas. A taxa de sobrevivência das plântulas na saída da casa de vegetação foi alta para todas as matrizes, variando de 72,2% a 97,2%. Todas as matrizes apresentaram maior alocação de biomassa na parte aérea das mudas, sendo essa proporção mais acentuada em algumas delas. As estimativas de correlação entre a taxa de emergência e as demais características, embora não significativas, foram todas positivas. As correlações entre altura, diâmetro, massa seca e IQD foram significativas e positivas, de moderada a alta magnitude. Devido à natureza não destrutiva, o diâmetro pode ser considerado o indicador prático mais adequado para avaliar a qualidade de mudas de E. incanus. Nossos resultados contribuem substancialmente para a implementação de estratégias mais eficazes de conservação e melhoramento, auxiliando na compreensão do comportamento de E. incanus em ambientes de Campos Rupestres quanto à produção de mudas e recuperação de serviços ecossistêmicos.