Abstract: This article gathers information and analysis for interpreting Os lusíadas (1572), by Camões, without naturalizing the romantic criteria that universalize the artistic categories and attentive to the codes of composition of the epic, which are rhetorical, imitative, prescriptive, turned to a providential conception of time and to a notion of truth that is not dissociated from the mysteries of Christian metaphysics. The explanation of concepts such as “author”, “reader”, “epic”, among others, helps to historicize the contemporary precepts of 16th century poetic production. As the heroic verse is not only the repository of epigraphs or “illustration” of the historical fact, to be conceived as a document or source, it is necessary to consider what establishes its legibility and touches its context of composition, which took place in the Portuguese court society from the time of King d. Sebastião. Finally, this text investigates different modes of reception without erasing their cultural differences. This path seeks to demonstrate that the poem condenses the dilemmas of an era and sustains the plus ultra, the action that defies limits by assuming the global reach of the Portuguese initiative. Abstract 1572, 1572 , (1572) Camões epic rhetorical imitative prescriptive metaphysics author, author “author” reader, reader “reader” “epic” others th production illustration “illustration fact source d Sebastião Finally differences ultra initiative 157 (1572 “author “reader “epic 15 (157 1 (15 (1 (
Resumo: Este artigo reúne informações e análises para um primeiro esforço de interpretação d’ Os lusíadas (1572), de Camões, alheio aos critérios românticos de universalização das categorias artísticas e atento aos códigos de composição da épica, que são retóricos, imitativos, prescritivos, voltados para uma concepção providencial de tempo e para uma noção de verdade amparada nos mistérios que fundamentam a metafísica cristã. A explicitação de conceitos como autor, leitor, epopeia, dentre outros, ajuda a historicizar o repertório coevo da produção poética quinhentista. Se o verso heroico não é, apenas, depositário de epígrafes ou “ilustração” dos “fatos históricos”, a partir do momento em que é concebido como documento ou fonte, faz-se necessário considerar aquilo que institui sua legibilidade e tangencia seu contexto de composição, sediado na sociedade de corte portuguesa do tempo do Rei d. Sebastião. Por fim, este texto investiga diferentes modalidades de recepção sem apagar suas diferenças culturais. Tal percurso busca demonstrar que o poema condensa os dilemas de uma época e sustenta o plus ultra, a ação que desafia limites ao supor o alcance global da iniciativa lusitana. Resumo d 1572, 1572 , (1572) Camões épica retóricos imitativos prescritivos cristã autor leitor epopeia outros quinhentista apenas ilustração “ilustração fatos históricos, históricos históricos” fonte fazse faz se Sebastião fim culturais ultra lusitana 157 (1572 15 (157 1 (15 (1 (