Resumo Objetivo Analisar a funcionalidade familiar face as estratégias de enfrentamento de pessoas com lesão medular. Métodos Estudo transversal, desenvolvido em todas as 84 UBS de Campina Grande-PB, Brasil, no ano 2019. A população foi composta por todas as 54 pessoas com lesão medular adscritas nas unidades. Foi aplicado um questionário sociodemográfico e clínico, a Escala de Modos de Enfrentamento (EMEP) e o Apgar de Família. Realizou-se a regressão logística para estimar o odds ratio (OR). Resultados Verificou-se que a maioria é composta por homens, acima de 40 anos, não brancos, com credo religioso, escolaridade até o ensino fundamental, sem companheiro, com prole, renda familiar entre 1-2 salários mínimos, paraplégicos, com o tempo de lesão entre 2-15 anos, nível de comprometimento neurológico completo e de causa traumática. Quanto as estratégias de enfrentamento, as mais utilizadas foram a de religiosidade/pensamento fantasioso (M=4,09) e com foco no problema (M=3,93). As famílias eram funcionais em 72% dos casos. O modelo logístico demonstrou relações de probabilidade do foco na emoção (OR=0,539) (fator 2) e suporte social (OR=1,997) (fator 4) com a funcionalidade familiar. Conclusão Quanto maior a utilização de estratégias focadas na emoção e no problema menor é a funcionalidade familiar, e quanto maior o uso de estratégias de suporte social maior é a chance de ter uma boa funcionalidade.
Abstract Objective To analyze family functionality in view of coping strategies for people with spinal cord injury. Methods Cross-sectional study, developed in all 84 BHC in Campina Grande-PB, Brazil, in 2019. The population was composed of all 54 people with spinal cord injury registered in the Centers. A sociodemographic and clinical questionnaire, the Coping Modes Scale (CMS) and the Family Apgar were applied. Logistic regression was performed to estimate the odds ratio (OR). Results It was found that most of them were men, over 40 years old, non-white, with a religion, education up to elementary school, without a partner, with children, family income between 1-2 minimum wages, paraplegics, with injury time between 2-15 years, level of complete neurological impairment and traumatic cause. As for coping strategies, the most used were religiosity/fantasy thinking (M=4.09) and focused on the problem (M=3.93). Families were functional in 72% of cases. The logistic model showed probability relationships of focus on emotion (OR=0.539) (factor 2) and social support (OR=1.997) (factor 4) with family functionality. Conclusion The greater the use of strategies focused on emotion and the problem, the lower the family functionality, and the greater the use of social support strategies, the greater the chance of having good functionality.
Resumen Objetivo Analizar la funcionalidad familiar frente a las estrategias de afrontamiento en personas con lesión medular. Métodos Estudio transversal, realizado en las 84 Unidades Básicas de Salud de Campina Grande, estado de Paraíba, Brasil, en el año 2019. La población estuvo compuesta por las 54 personas con lesión medular registradas en las unidades. Se aplicó un cuestionario sociodemográfico y clínico, la Escala de Modos de Afrontamiento y el Apgar de Familia. Se realizó la regresión logística para estimar la odds ratio (OR). Resultados Se verificó que la mayoría está compuesta por hombres, de más de 40 años, no blancos, con creencias religiosas, escolaridad hasta la educación primaria, sin compañero, con hijos, ingresos familiares entre 1 y 2 salarios mínimos, parapléjicos, con tiempo de lesión entre 2 y 15 años, nivel de compromiso neurológico completo y de causa traumática. Respecto a las estrategias de afrontamiento, las más utilizadas fueron la religiosidad/pensamiento fantasioso (M=4,09) y el foco en el problema (M=3,93). Las familias eran funcionales en el 72 % de los casos. El modelo logístico demostró relaciones de probabilidad del foco en la emoción (OR=0,539) (factor 2) y el apoyo social (OR=1,997) (factor 4) con la funcionalidad familiar. Conclusión Cuanto más se utilizan estrategias centradas en la emoción y en el problema, menor es la funcionalidad familiar. Cuanto más se usan estrategias de apoyo social, mayor es la probabilidad de tener una buena funcionalidad.