A análise das 52 respostas dadas pelos 77 especialistas ao questionário permite as seguintes conclusões: EPIDEMIOLOGIA: A média temporária de exercício profissional foi 18,6 anos; os 77 especialistas atenderam ± 1.097.860 pacientes, tendo diagnosticado DH em ± 393.763 (35,86%), tendo operado ± 102.400 pacientes (± 26%). A média aproximada de incidência de DH por gênero foi de 42% em homens e 58% em mulheres, e de hemorroidectomia de 43% em homens e 57% em mulheres, sendo as incidências de DH por faixas etárias: até 20 anos, 7%; de 21 a 40 anos, 40%; de 41 a 60 anos, 40%; e acima de 60 anos,13%. TRATAMENTO CLÍNICO E NÃO INTERVENCIONISTA: o tratamento clínico foi dispensado a ± 291.363, e ± 81,5% foram tratados com cuidados higiêno-dietéticos, pomadas e cremes. O tratamento intervencionista não cirúrgico de escolha foi a LE (94,0% dos especialistas), mais indicada em DH interna grau II (85,2%), com preferência de abordagem de um mamilo por sessão (74,1%), e preferência pela não realização de plicomectomia (67,1%), sendo os graus de satisfação ótimos e bons de 91 %. A LE foi feita em ± 48.273 pacientes (12,50%), tendo a maioria (42 médicos; 53,95%) negado complicações, destacando-se, dentre os que admitiram complicações, 69 casos de hemorragia que levaram à revisão (0,142% de 48.273 LE). HEMORROIDECTOMIA: a média anual foi de ± 80,34 cirurgias, totalizando 102.400, sendo a principal indicação cirúrgica a intensidade de sintomas independentemente do grau da DH (64,47%), com preferência pela técnica aberta de Milligan-Morgan (65,79%) seguida pela fechada de Ferguson (21,05%). A preferência anestésica absoluta foi pelos bloqueios raqueano (52,63%) e peridural (26,32%), os posicionamentos preferidos foram em canivete (44,73%) e ginecológica forçada (22,37%) e ginecológica (21,05%), e o regime preferido o hospitalar (78,94%), sendo 55,26% com pernoite (55,26%) e 23,68% sem pernoite. O uso de antibióticos foi preferido por 77,0%, sendo 47,0% em casos especiais e 30,0% de rotina, sobretudo a cefalosporina de segunda geração (13,0%) e associação de metronidazol com aminoglicosídeo (7,5%). PÓS-OPERATÓRIO: os antiinflamatórios (29,0%), paracetamol (21,5%), morfina (15,3%) e diclofenato sódico (13,0%) foram os analgésicos preferidos. O toque retal (TR) foi feito de rotina por 44 especialistas (57%), 34,5% como finalidade de detectar uma possível estenose e 25,5% para impedir o progresso de uma eventual estenose anal. Dentre as complicações pós-operatórias destacaram-se a hemorragia (52% dos especialistas) e a estenose anal (9% dos especialistas). 58 (75,0%) enviam o material, de rotina, para exame histopatológico; 55,52% não admitem cirurgias concomitantes à hemorroidectomia; 57,89% preferem o tratamento clínico em trombose hemorroidária. PPH: 35 (45%) nunca usaram e 38 já usaram o PPH (49%); dos 38 17 (22%) não continuaram a usá-lo e 21 continuaram; dos 35 especialistas que admitiram nunca ter usado o PPH, 62% não experimentaram e nem têm disposição para fazê-lo; dos 17 especialistas que experimentaram PPH, mas não continuarem a usá-lo, 42,85% por que não gostaram dos resultados, que são inferiores à técnica usada por cada um, 21,42% por que os custos são proibitivos e 21,42% por que os convênios não pagam; dos 42,85%. Nos 487 casos de PPH feitos por 12 especialistas foram necessárias aplicações de pontos extras em 55 pacientes (11,29%); foram observadas sete complicações pós-operatórias, das quais quatro estenoses (0,8%), duas hemorragias (0,4%) e um resultado insatisfatório com indicação de hemorroidectomia (0,2%).
Analysis of a questionnaire with 52 questions about hemorrhoidal disease (HD) answered by 77 Brazilian specialists allowed the following conclusions: EPIDEMIOLOGY: The meantime of medical practice was 18.6 years; the 77 specialists attended ± 1,097.860 patients, HD being diagnosed in ± 393,763 (35.86%), and ± 102,400 patients (± 26%) undergoing surgical treatment. The approximate incidence by gender of HD was 42% in men and 58% in women, and the incidence of surgery 43% in males and 57% in females. The incidences of HD according to age were: 7% under 20 years, 40% between 21 and40 years, 40% between 41 and 60 years and 13% above 60 years of age. CLINICAL AND NON SURGICAL TREATMENT: clinical approach for HD was carried out in ± 291.363 patients. The non surgical treatment of choice was rubber band ligation (94,0% of the specialists), mainly for second grade internal hemorrhoids (85.2%), being the most common procedure the approach of a single ligation by each session (74.1%), without plicomectomy (67.1%). Satisfaction grade reached 91.0% (good and optimal). Rubber band ligation was used in ± 48,273 patients (12.50%), no complication being reported by most of the specialists (42 specialists, 53.95%), being hemorrhage the most common complication (69 cases, 0.142% of 48,273 ligations). HEMORRHOIDECTOMY: 102,400 hemorrhoidectomies were performed by the 77 specialists, being the intensity of anal symptoms the main indication for surgery despite of the grade of the HD (64.47%). Open hemorrhoidectomy (Milligan-Morgan) was the most used technique (65.79%) followed by closed hemorrhoidectomy (Ferguson) (21.05%). The most used anesthesia were spinal blocks, being 52.63% of raquianesthesia and 26.32% of peridural anesthesia. Knife position was the number one in preference (44.73%), followed by forced gynecologic position (22.37%) and regular gynecological position (21.05%). Most of the specialists preferred to perform hemorrhoidectomy in hospitalized patients (78.94%), being 55.26% as full day patients (55.26%) and 23.68% as day-patient. Antibiotic therapy was admitted by 77.0% of the specialists, being 47.0% in selected cases and 30.0% as routine; second generation cefalosporin was the most used antibiotic (13.0%) followed by the association of metronidazol and aminoglycoside (7.5%). POST OPERATORY: Among the analgesics used anti-inflammatory occupied the first place (29.0%), following paracetamol (21.5%), morphine (15.3%) and sodium diclophenate (13.0%). Routine rectal touch was carried out by 44 specialists (57.0%), being 34.5% with the aim of detection a possible anal stenosis and 25.5% to forbid the progress of an eventual stenosis. Among several post operatory complications called the attention the hemorrhage (admitted by 52.0% of the specialists) and anal stricture (9.0% of the specialists). 58 specialists (75.0%) ordered routine histopathology examination of the resected specimens. 55.52% of the specialists do not perform associated surgeries with HD. 57.89% of the specialists use clinical approach as far as hemorrhoid thrombosis is concerned. PPH (Procedure for Prolapsed Hemorrhoids): 35 specialists never tried PPH (45.0%) and 62% of them have never tried and do not feel like trying the technique. 38 specialists stated they tried this procedure (49.0%); 17 (22.0%) did not continue with PPH while 21 continued to use the technique. Of the 17 specialists 42.85% did not pursued using PPH because they did not like the results (not so good as the surgical techniques they use); 21.42% because the costs of the procedure are prohibitive; and 21.42% because the plans of health insurance companies they are affiliate do not authorize the technique. In the 487 cases of PPH carried out by the 12 specialists extra hand stitches were necessary in 55 patients (11.29%) and complications were confirmed in seven patients: four cases of anal stenosis (0.8%), two cases of hemorrhage (0.4%) and one case of unsatisfactory result with indication of conventional surgery (0.2%).