Foram estudados 165 sobreviventes à prótese aórtica Medtronic-Hall, operados entre setembro de 1979 e setembro de 1987. As idades variaram entre 14 e 68 anos (m = 35,2); 129 eram masculinos, 36 femininos. As lesões operadas foram 70 insuficiências, 37 estenoses e 39 duplas lesões aórticas. Havia 8 disfunções de próteses, 8 endocardites agudas e 3 comunicações interventriculares + insuficiência aórtica. O seguimento foi de 163 (98,7%) pacientes, sendo 9 perdidos durante o período de observação. Houve 45 óbitos tardios, sendo de 59% EP 10,9% a probabilidade atuarial de sobrevida aos 8 anos. Houve 26 episódios embólicos em 21 pacientes, sendo de 69,8% EP 11,7% a probabilidade de não ocorrência de embolia e de 39,7% EP 10,4% de sobrevida sem embolia. A incidência global de episódios foi de 3,5 por pacientes/ano, sendo 6 fatais (23%). Quanto ao uso de anticoagulação oral, os pacientes dividiram-se em 3 grupos. No grupo A houve 144 pacientes, com uma incidência linearizada de 3,2 por 100 pacientes/ano. No grupo B - 21 pacientes que passaram a tomar anticoagulantes em seguida á operação, houve 1,9 episódios por 100 pacientes/ano. No grupo C - 9 pacientes que iniciaram a anticoagulação após a ocorrência de um episódio embólico, apresentaram 8,1 embolias por 100 pacientes/ano. Concluímos que não foi possível demonstrar a eficiência da anticoagulação oral, nas condições em que foi conduzida, na presente série, na prevenção das embolias. Após a ocorrência de um episódio embólico, sua instituição não foi suficiente para diminuir, significativamente, a recorrência desta complicação.
One hundred and sixty five survivors of isolated Medtronic-Hall aortic prosthesis operated on from September 1979 to September 1987 were studied. Ages varied from 14 to 68 years (m = 35.2) and 129 patients were male, 36 female. Preoperative diagnosis were 70 aortic insuficiency, 37 aortic stenosis and 39 double lesions. There were additionally 8 prosthetic dysfunctions, 8 acute infective endocarditis and 3 interventricular septal defects plus aortic insufficiency. One hundred and sixty three patients were followed (98.72), 9 of them being lost during the observation period. There were 45 late deaths, 59% SE 10.9% being the actuarial survival probality in 8 years. Twenty one patients suffered 26 embolic episodes, 69.8 SE 11.7% the probability of freedom from embolism and 39.7% SE 10.4% the chance of survival free from embolism. The rate of embolism episodes was 3,5% per patients/year in the entire series, 6 of them being lethal. In relation to the use of oral anticoagulation patients were divided into three sub-groups. Sub-group A included 144 patients, with a linearized incidence of 3.2% episodes per patients/year. Sub-group B included 21 patients who used anticoagulants after surgery, with an incidence of 1.9% per patients/year. Sub-group C comprised 9 patients who were put on anticoagulants after the occurence of an embolic episode. This sub-group presented 8.1 episodes per patients/year. It is concluded that it was not possible to doccument the influence of anticoagulation in the conditions prevailing during the observation of this series. After the occurence of one embolic episode the institution of oral anticoagulation was not effective in decreasing chance of its reccurence.