Abstract According to orthodox economics, wage inequality must be understood from the perspective of an individual whose actions, insulated and perfectly rational, are invariably self-interested. The choices and productive characteristics of these individuals, under the law of supply and demand, would determine their earnings. Despite being the target of recurrent criticism, the neoclassical perspective continues to ignore the role of social factors. In this article, we investigate the origins and consolidation of this understanding: when and in what way was society separated from wage inequality? The essay revisits the thinking of classical school authors and precursors of neoclassical theory in order to understand the extent to which social factors were attributed to wage determination. We conclude that the atomization of wage inequality, strange to classical thinkers, remained incipient in orthodox economics until the mid-twentieth century. We examine the process that led this understanding to become hegemonic, considering factors responsible for its consolidation. actions rational selfinterested. selfinterested self interested. interested self-interested individuals demand earnings criticism article determination thinkers midtwentieth mid twentieth century hegemonic
Resumo A desigualdade salarial é entendida, pela economia ortodoxa, a partir de um indivíduo cujas ações, insuladas e perfeitamente racionais, são invariavelmente autointeressadas. As escolhas e características produtivas desse indivíduo, sob as forças de mercado, determinariam sua remuneração. Ainda que objeto de recorrentes críticas, a perspectiva neoclássica continua a ignorar fatores sociais, alheios a essas características e escolhas. Neste artigo, investigamos as origens e a consolidação desse entendimento: quando e de que modo a sociedade foi apartada da compreensão da desigualdade salarial? O ensaio revisita o pensamento de autores da escola clássica e de precursores da teoria neoclássica com o objetivo de compreender em que medida fatores sociais eram atribuídos à determinação de salários. Concluímos que a atomização da desigualdade, estranha a pensadores clássicos, permaneceu incipiente na economia ortodoxa até meados do século XX. Examinamos o processo que levou esse entendimento a tornar-se hegemônico e elencamos fatores responsáveis por sua consolidação. entendida ações racionais autointeressadas mercado remuneração críticas artigo salários clássicos XX tornarse tornar se