Foi estudada a prevalência de amamentação exclusiva numa coorte histórica de crianças nascidas entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002, de famílias de baixo nível sócio-econômico, residentes na área de abrangência de um Posto de Saúde de Atenção Primária, na periferia da cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Para a análise foi construída uma tábua de vida, cujo desfecho era a interrupção da amamentação exclusiva, mês a mês, após o nascimento. Entre as 112 crianças estudadas, a prevalência de amamentação exclusiva no primeiro mês de vida foi de 95,0%, caindo progressivamente para 81,0%, 64,0%, 53,0%, 39,0% e 35,0%, respectivamente, do segundo ao sexto mês. A mediana de duração da amamentação exclusiva foi de quatro meses; a mediana de duração da amamentação exclusiva e a prevalência de aleitamento exclusivo no sexto mês, superiores às taxas nacionais, indicam adequação do Programa de Puericultura na promoção da amamentação. No entanto, mais esforços devem ser despendidos para aumentar a prevalência da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.
A historical cohort of children born between January 2000 and December 2002 from low-income families attending a primary health care facility on the periphery of Pelotas, Rio Grande do Sul, Brazil, was studied in relation to prevalence of exclusive breastfeeding. Analysis was based on a life table focusing on interruption of exclusive breastfeeding (month-by-month after birth) as the target outcome. Among the 112 children followed up from birth by the Well Baby Program, prevalence of exclusive breastfeeding in the first month of life was 95.0%, declining progressively to 81.0%, 64.0%, 53.0%, 39.0%, and 35.0%, respectively, from the second to the sixth month after birth. Median duration of exclusive breastfeeding was four months. Median duration of exclusive breastfeeding and prevalence among six-month-old infants were both higher than the Brazilian national rates and indicate the Program's adequacy in promoting breastfeeding. However, more effort should be made to increase the prevalence of exclusive breastfeeding until the sixth month of life.